Novidade - "Raymond Aron e a Guerra Fria" de Carlos Gaspar
Sinopse:
Em 1955, Raymond Aron publica o Ópio dos Intelectuais, um ensaio polémico e pedagógico que critica os intelectuais bem-pensantes de esquerda, fascinados pelo mito da revolução e pelo poder soviético, à frente dos quais está Jean-Paul Sartre, contemporâneo de Aron, que foi seu amigo na Ecole Normale Supérieure, antes da ruptura entre ambos no pós-guerra, por causa das suas divergências sobre a posição a tomar em relação ao comunismo e à União Soviética. O livro abre com duas citações, a clássica de Marx sobre o «ópio do povo», a segunda da sua amiga Simone Weil ¿ «O marxismo é uma religião no sentido mais impuro da palavra. Partilha com todas as formas inferiores da vida religiosa o facto de ter sido continuamente usado, na palavra tão justa de Marx, como um ópio do povo». Aron refere-se a essa frase desde a sua crítica aos Entretiens de Jean-Paul Sartre et David Rousset, para dizer que a revolução já não era mais do que o "ópio dos intelectuais".