Ministério dos Livros

Na semana que passou foi entregue a Bola de Ouro o galardão que premeia o melhor jogador de futebol do mundo.

O vencedor do prémio foi o espanhol Rodri, que devo confessar, apesar de gostar e de acompanhar alguma coisa de futebol, não conheço por ai além. E ainda bem!

Rodri é tudo o que a esmagadora maioria dos futebolistas de elite não são, é uma pessoa normal, sem tiques de vedetismo, sem ser espampanante, sem mega carros e afins. Não tem sequer redes sociais.   É um jogador anti estrela.

Num mundo em que falta tanta coisa a tanta gente aquilo que os jogadores de futebol ganham e ostentam é uma aberração absoluta. Esse tem sido o motivo que aos poucos me vai afastando quase em definitivo do futebol.

Um pequeno exemplo. O salário médio anual mais baixo da equipa “mais pobre” da Primeira Liga Inglesa é de mais de 1 000 000 €. A ganhar o salário mínimo atual em Portugal uma pessoa teria de trabalhar mais de 107 anos para receber esse valor… sou só eu ou há efetivamente qualquer coisa de errado com isto tudo.

Independentemente do que ganha Rodri (e é muito) é pelo menos um nadinha refrescante perceber que ainda há alguma normalidade até no futebol.