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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "Lisboa Noir O Ano Negro de 1929" de Luís Corte Real

09.05.25

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Mais sobre o livro AQUI

Sinopse:

Bem-vindos a uma realidade alternativa onde Lisboa é a maior metrópole do mundo e capital da poderosa União Ibérica. Os seus arranha-céus envergonham os de Nova Iorque, as avenidas parecem passerelles para as limousines e dirigíveis luxuosos flutuam sobre as sete colinas. Nesta nova Babilónia, cujo império se estende pelos cinco continentes, há vigilantes mascarados a patrulhar as noites, detetives a resolver casos rocambolescos, jornalistas intrépidas com alvos nas costas e um poderoso sindicato que controla o crime nos clubes e casinos desta gigantesca floresta de betão.

Do outro lado do Tejo está o reflexo negro e distorcido de Lisboa: Lismá. É a maior favela do mundo, onde coabitam aqueles a quem o sonho português trocou as voltas: macaenses, filipinos, africanos, sul-americanos, e os refugiados que as misérias trouxeram para o Quinto Império. O que terá acontecido para que o rei seja um descendente de D. Miguel I e não de D. Pedro IV? E haverá alguma verdade nos rumores de que a riqueza de Portugal se deve aos segredos escondidos em ruínas milenares nos Açores? Mas, cuidado, este é um tema perigoso… quem ousa falar nele acaba degolado num beco ou afogado nas águas do rio.

Lisboa Noir, o Ano Negro de 1929 é uma homenagem divertida e emocionante à ficção pulp dos anos 30, aos policiais dos anos 40, ao cinema noir dos anos 50 e à era dourada dos comics dos anos 60.

Críticas
 
«Atmosférico e intenso, transporta-nos num mergulho sombrio e arrebatador por uma cidade onde a justiça e a vingança se confundem.»
Maria José – Ler.aos.Poucos

Leitura - "Maus Hábitos" de Alana S. Portero

09.05.25

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Mais sobre o livro AQUI

Vou começar pelo fim, porque chorei. No fim, há ali um capitulo que me fez chorar. O que eu ainda não consegui deslindar foi o que me fez chorar, se a cena descrita, se a delicadeza do momento, se a beleza de uma amizade que, meia dúzia de capítulos antes, eu não esperava encontrar.

De resto tenho a dizer que encontrei um livro que tem tanto de cru, como de honesto, como de bonito, como de bem escrito. Parece que a autora já escreveu vinte livros antes deste, porque transparece esse tipo de mestria.

Aprendi, aprendi muito e sei que levo daqui muito mais do que uma história. Tive acesso a uma perspetiva que não me é apresentada todos os dias e que me ajudará a compreender de que ponto vê o mundo uma menina trans, uma mulher trans. Nunca achei que fosse fácil, mas lendo um relato assim, uma história contada na primeira pessoa, não me senti compelida a compreender, mas a sentir juntamente com a personagem. E às vezes sentir é mais importante que compreender.

A história é apresentada sem meias palavras, sem medo de dizer, sem medo de contar. Gosto dessa honestidade e espero mesmo que a Alana esteja em casa, a dar ao dedo, para escrever outra história. Porque tem aqui quem a vá ler.

Já sabem que não sou dada a análises literárias porque não tenho formação para isso, não sou dada a sinopses porque não tenho jeito para isso; gosto de explicar o que senti e o que o livro faz por mim.

Se a Alana ler esta minha nota (imagino que alguém se vá dar ao trabalho de lha traduzir e tal ), gostava de dizer obrigada, sigo para a vida a saber mais do que sabia.