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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "A Célula" de Alfonso Martinez Arias

03.04.25

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Mais sobre o livro AQUI

Sinopse:

Baseando-se na sua investigação pioneira, o biólogo Alfonso Martínez Arias revela-nos que somos compostos por uma sinfonia de células de uma complexidade emocionante e em constante reorganização, que sabe contar, sentir e que dá forma ao nosso corpo.

Embora o ADN seja importante, os nossos genes não explicam por que temos o coração no lado esquerdo, por que há cinco dedos em cada mão, porque têm os gémeos impressões digitais diferentes ou por que é possível que uma mãe não tenha o mesmo ADN que os seus filhos biológicos.

No centro de tudo isso está uma nova e poderosa conceção da essência da vida: as nossas identidades são formadas pelas interligações existentes entre as células. Estas cooperam para criar algo maior do que elas: a linhagem ininterrupta que nos liga ao óvulo fecundado a partir do qual nos desenvolvemos e à primeira célula viva da Terra, que remonta a milhares de milhões de anos da história do nosso planeta.

Críticas
 
«Por si só, o ADN é impotente, inerte. Precisa de uma célula para operar as suas maravilhas e essa célula está em permanente interação com o ambiente. Este livro belo e de explicações claras irá mudar a forma como pensamos no ADN, sobre como aqui surgimos e sobre a própria vida.»
Matthew Cobb, zoólogo e professor da Universidade de Manchester

 

Críticas de imprensa
 
«Um livro revolucionário sobre biologia celular.»
Nature

«Martínez Arias, biólogo do desenvolvimento, tem vivido e respirado a luta da célula para ser ouvida durante os seus mais de quarenta anos de carreira. A sua história é a das elites do ADN contra as células trabalhadoras. Martínez Arias assinala que são as células e não o ADN que definem os sulcos das nossas impressões digitais e a textura da nossa íris.»
The New York Times

«Uma defesa oportuna, importante e empolgante dos motivos pelos quais qualquer compreensão dos organismos vivos tem de começar pela célula. Proporciona-nos uma visão da vida que se revela muito mais interessante e engenhosa do que qualquer ideia simplista de mapas genéticos nos pode oferecer.»
Philip Ball, escritor e editor da revista Nature

Leitura - "O Tempo dos Pais" de Sarah Blaffer Hrdy

03.04.25

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Mais sobre o livro AQUI

A primeira nota que quero registar tem por objetivo deixar claro que gostei do livro. Começo por deixar esta nota para o leitor não ficar com a ideia contrária por causa do que vou escrever a seguir.

Aquilo que a autora Sarah Blaffer Hrdy apresenta de uma forma bastante detalhada, quer com base na sua experiência pessoal, quer com base no seu conhecimento enquanto antropólogo e primatóloga, é algo que me parece natural. A evolução do papel do pai, e do que significa ser pai, ao longo dos tempos é algo que não me provoca qualquer surpresa, ainda que tenha sido muito interessante fazer o percurso com a autora.

O meu principal problema é com a realidade, não com o livro, é o momento onde ainda estamos e a ideia (real) de que o papel do pai ainda tem um longo caminho a percorrer. Em pleno século XXI é uma ideia que me choca, como se existisse um universo que continua a ser apenas da mãe e que o pai não pode, ou não quer, fazer parte. Não me revejo minimamente nessa ideia e, honestamente não percebo o porquê de ainda não termos evoluído nesse ponto.

Reforço que é um livro muito interessante, bem estruturado, que apenas não pode dizer mais porque a realidade ainda não permite. O tempo do pais tem de ser maior, e eles devem fazer por isso. Recomendo.