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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "O Papagaio de Flaubert" de Julian Barnes

21.01.25

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Mais sobre o livro AQUI

Sinopse:

O inglês Geoffrey Braithwaite - médico reformado e viúvo - atravessa o canal da Mancha e dirige-se a Rouen, a terra natal de Gustave Flaubert. A intenção é ver o papagaio embalsamado que serviu de modelo a Flaubert durante a escrita de um dos seus livros. Mas o que é apenas uma viagem transforma-se, lentamente, numa lição maravilhosa e genial sobre o autor de Madame Bovary - o seu talento indiscutível, mas também os seus defeitos, manias, tiques insuportáveis, vaidades e medos -, sobre literatura, sobre o amor (entre Braithwaite e a mulher Helen, que morreu recentemente; entre Flaubert e Louise Colet), sobre o que falha e o que não tem sentido na vida, sobre os segredos que a rodeiam e lhe dão sentido. Tudo para concluir que a vida verdadeira é a vida que vem nos livros. Porque é a única que se pode interrogar.

Críticas de imprensa
 
«Astuto, bastante espirituoso e muito inteligente: uma meditação elegante sobre os mistérios da Arte e da Vida.»
Kirkus Review

«Esplêndido híbrido de um romance, parte biografia, parte ficção, parte crítica literária –o todo realizado com grande brio. É um grande divertimento literário.»
The New York Times

«Este é o livro que realmente fez o nome de Barnes–uma mistura incrivelmente imaginativa de factos e invenções, a história inventada de um médico obcecado por Flaubert e um emaranhado de trechos da vida do grande escritor francês.»The Guardian

«É um livro humano e generoso, cheio de sensibilidade e sagacidade, rico e pródigo em inventividade verbal. Um livro que Flaubert teria recusado escrever. Um livro que valeu a pena ser escrito.»
The New York Times

Leitura - "Toda a Gente Tem um Plano" de Bruno Vieira Amaral

Por Cátia Madeira

21.01.25

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Mais sobre o livro AQUI

Podemos preparar-nos para o que for que a vida será sempre o que ela planeou para nós.

É à beira de começar um novo ano que temos a prova viva de que todos temos um plano. A frescura de novos dias, de uma data com a terminação diferente, compele-nos a que preparemos o que ainda não fizemos, a tentar novamente do que desistimos, a dizer que é desta que vai ser, a lamentar as decisões passadas certos de que agora, com o vigor dos novos ventos, os nossos projetos vão dar certo.

Dentro de meses (para alguns) saberemos que variáveis novas e velhas nos trocaram as voltas e que afinal, uma parte daquilo que idealizámos, deu uma curva inesperada e afinal, por excesso de percalços ou mais um par de botas, acabou por ficar apenas num sonho tão bonito que nunca aconteceu ou que se materializou como nunca imaginámos.

Calita, o personagem principal desta história, é um pouco de todos nós. Na sua vida tramada, nas suas más escolhas, na pouca sorte. Umas vezes ele voltou as costas à sorte, outras, foi a sorte, quem sabe por despeito, que não lhe deu a mão a ele.

Ler “Toda a gente tem um plano” é uma refrescante contrariedade às ideias de capacidade absoluta que nos querem impingir, de que tudo depende de nós, basta que façamos como os americanos dizem nos filmes e “just stick to the plan”.

Não gosto de fazer sinopses porque já está uma bem boa na contracapa de cada livro. Gosto de descrever o que os livros me fazem sentir. Este fez-me pensar nos Calitas que conheço.

“Toda a gente tem um plano” é, sem dúvida, um dos melhores de 2024. Para 2025 seria um extraordinário plano mantê-lo no top de vendas.