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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "Independente Demente" de Miguel Esteves Cardoso

17.11.22

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

As crónicas de O Independente nunca publicadas em livro. Com prefácio de Paulo Portas e posfácio de MEC.

Como sobreviveram as ideias veiculadas por MEC, há mais de 30 anos, nas suas muito aguardadas crónicas no semanário O Independente? O autor está hoje perto dos 70 anos, mas, naquela altura, antecipava que, à conta de perdas de tempo, chegaria aos 60 vivendo apenas 30. E, embora já fizesse previsões e promessas, também já dizia que o que lhe valia eram os restaurantes e o amor.

O que terá dito MEC, em 1989, sobre a fatwa decretada pelo Ayatollah Khomeini contra Salman Rushdie? E como terá sido a carta que dedicou a Álvaro Cunhal, dois anos depois, que começa com «Meu caro camarada» e termina com «um abraço, do seu admirador e amigo Miguel»? Sabia que, nesse mesmo ano de 1991, «o ano da depressão», Miguel Esteves Cardoso sonhou com a prisão de Paco Bandeira, 21 anos antes de este ter sido condenado por violência doméstica? E o que sabe de geografia? Sabia que Belize é a terra de Álvaro Size? Ou Burundi, a terra imundi? Ou ainda que a Suíça é o país da feijoca e da chouriça? E o que sabe da porno-toponímia internacional? Fique a saber tudo isso, bem como as 101 promessas de MEC para o ano de 1992, neste Independente Demente.

Novidade - "Billy Summers" de Stephen King

17.11.22

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

- É uma pessoa má?
Nick ri-se, abana a cabeça e olha para Billy com genuíno afeto.
— Fazes-me sempre a mesma pergunta…
Billy assente. Só se dedica a gente má. É o que lhe permite dormir à noite.

Billy Summers é um homem com uma arma. Assassino contratado, é o melhor naquilo que faz e só leva o trabalho a cabo se o seu alvo for um tipo realmente perverso - é a regra que não está disposto a quebrar.

Um veterano condecorado da Guerra do Iraque, é um dos melhores snipers do mundo e um verdadeiro Houdini quando se trata de desaparecer após a bala ser disparada. Mas agora Billy quer pôr as armas de lado e, para o fazer, há apenas uma última missão a cumprir. Uma proposta demasiado boa para ser recusada… Com este currículo, o que pode correr mal?

Talvez tudo. Quando Billy se instala numa pequena cidade americana - apenas um escritor que procura superar um bloqueio criativo, enquanto mantém a mira apontada ao seu alvo -, a verdade é que está longe de imaginar a teia de traição, perseguições e vingança que terá à sua espera.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Um testemunho literário do vigor e da confiança inabaláveis de King.»
The New York Times

«O melhor livro do autor em anos. Pode ser considerado o mestre do horror, mas as melhores narrativas desta fase da carreira de King surgem quando os fantasmas são postos de lado e os monstros se tornam demasiado humanos.»
The Guardian

«Os prazeres deste livro são vários, e toca tanto a mente quanto o coração e o sistema nervoso em igual medida.»
The Wall Street Journal

«O maior crime aqui, contudo, será perder a leitura de Billy Summers e mais um capítulo na imensa história de King enquanto génio literário.»
USA Today

«O crime deste romance pode não correr como planeado, mas é parte da sedução deste thriller retorcido e multifacetado.»
The Washington Post

Os meus Saramagos, com o mais importante ao centro - centenário de José Saramago

17.11.22

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Este post chega com um dia de atraso, um pouco à semelhança da minha chegada aos livros de Saramago.

Isto para dizer que se comemorou ontem o centenário do nascimento de José Saramago, o nosso único Nobel, e acima de tudo, um dos grandes escritores do nosso tempo.

Permito-me repetir aqui umas palavras que escrevi em 2018 a propósito do livro “Ensaio Sobre a Cegueira”.

"Durante muito tempo para mim José Saramago foi sinónimo de “Memorial do Convento”, livro que eu nunca li na totalidade na escola, mas que nessa altura consegui detestar.

Muitos anos mais tarde, e depois de grande insistência de uma colega de trabalho, e mesmo com muitas reticências, lá acedi a ler o “Ensaio Sobre a Cegueira”.

Aquilo que aconteceu foi a passagem de um nunca mais, detesto, não volto a ler ,para um brilhante, soberbo, este senhor é extraordinário.

O “Ensaio sobre a Cegueira” entrou (e ainda está) no top dos meus livros favoritos. É efetivamente um livro brilhante e poderoso. Uma obra que marca quem a lê."

Subscrevo tudo isto e adiciono que Saramago e o “Ensaio Sobre a Cegueira” puxaram-me em definito para os livros e para o poder das palavras e da literatura. Uma obra monumental de desconstrução da sociedade e do ser humano. Provocadora, atual e verdadeira.

Criticado, odiado por vezes desprezado, tantas vezes por motivos que foram muito para além da sua escrita, acho que Saramago sempre se sobrepôs a tudo isso. E ficará para sempre com um dos grandes da nossa língua.  

A foto acima apresenta os meus Saramagos, como o mais importante no centro. Nos 100 anos de Saramago lamento não ter mais 100 obras suas para ler. Mas cada um pode ter o seu Saramago. Acho que há um para toda a gente.