Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "O Abismo - A Crise dos Mísseis de Cuba 1962" de Max Hastings

14.10.22

450dd (1).jpeg

Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

A Crise dos Mísseis de Cuba foi o acontecimento mais perigoso da história, quando a humanidade se deparou com o iminente confronto nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética. Durante esses dias, o mundo poderia ter acabado. O historiador britânico Max Hastings conta com verve e talento ímpares o que aconteceu a partir das perspetivas dos protagonistas - desde os líderes políticos e militares diretamente envolvidos, até aos camponeses cubanos e aos apologistas britânicos do desarmamento nuclear. Recorre a testemunhas oculares, arquivos, documentos e diários, gravações da Casa Branca, e à análise da intricada teia geopolítica gerada, para descrever o ambiente da Guerra Fria naquele início da década de 1960 protagonizada pela Cuba de Fidel Castro, pela Rússia de Nikita Khrushchev e pela América de Kennedy; depois, para retratar os angustiantes Treze Dias em que o Armagedão, mais que possível, foi provável.

Hastings, o historiador inglês mais popular da atualidade, começou a investigação deste livro convencido de que ia contar a história da maior crise político-diplomática do passado século XX. Mas, refletindo sobre o desfecho destes acontecimentos dramáticos, revela como eles continuam a reverberar até aos nossos dias.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
 
«Hastings tem o talento extraordinário de se atirar a um oceano de documentos de todo o género e de aparecer sempre com qualquer coisa fascinante e valiosa para contar.»
Financial Times

Novidade - "As 7 Vidas de José Saramago" de Miguel Real e Filomena Oliveira

14.10.22

45edfg0.jpeg

Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Da infância na Azinhaga à consagração em Estocolmo, As 7 Vidas de José Saramago ensaia o retrato da vida de um homem profundamente comprometido com o ofício da escrita, dedicado a uma missão transcendente. Ancorados na Josephville que o escritor descreveu em 1968, Miguel Real e Filomena Oliveira contam, simultaneamente, a história de José Saramago e de um outro século XX português.

Menino pobre numa Lisboa hostil de que se sentia excluído em todos os aspetos, decide conquistar a cidade, derrubar as suas muralhas, fazê-la sua. Torna-se serralheiro e autodidata, será escritor, encontrará formas de ocupar o espaço social, cultural e político que lhe permitirá operar a revolução que idealizou e em que crê obstinadamente, o que o levará a criar obras-monumento como Memorial do ConventoO Evangelho Segundo Jesus Cristo e Ensaio Sobre a Cegueira. De 1922 para 1998, ano em que é distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, Saramago vê a sua almejada Josephville transformar-se num mundo que o celebra e ao seu trabalho.

Ao longo dos sete capítulos que descrevem os diferentes momentos da vida do escritor, descobrimos um Saramago que se reinventa a cada revés, que desafia a imagem que o país tem de si mesmo e que enfrentou, sem medos, os seus piores fantasmas.

Escrita com total acesso aos arquivos da Fundação Saramago e contendo testemunhos inéditos, esta é a biografia íntima de um homem universal, que se forjou no idealismo de um mundo mais justo e se comprometeu a mudá-lo através da literatura.

Novidade - "Os Loureiros Estão Cortados" de Édouard Dujardin

14.10.22

45dd0.jpeg

Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Em 1922, James Joyce confessava numa carta ao seu tradutor francês, Valéry Larbaud, que o criador do monólogo interior fora Édouard Dujardin. Joyce explicava-lhe que a novela Os Loureiros Estão Cortados tinha sido a principal inspiração para o estilo do seu Ulisses. Larbaud, por sua vez, insistiu numa reedição da obra há muito esgotada desde a publicação original em 1887.

Com um enredo intencionalmente difuso, a novela segue a vida de um estudante em Paris durante seis horas. O estudante antecipa o encontro com a bela actiz Lea d'Arsay, que o irá aceitar como amante (muito embora, na realidade, esteja apenas interessada no seu dinheiro).

As seis horas de anseios, dúvidas e motivação pessoal são, como mais tarde descreveu o seu Autor, «um romance de algumas horas, de uma acção banal, com um personagem aleatório». O interesse do Autor residia na forma de contar a realidade de uma pessoa comum: os seus pensamentos, a sua mente, tendo o Autor a menor intervenção possível nessa realidade inquestionável.

O título do livro tem origem numa canção com rima escrita por Madame de Pompadour, a famosa amante do rei francês Luís XV, em 1753. A canção descreve o ciclo da natureza, a morte e o renascimento da vida. No entanto, tem também um hipotético segundo sentido relativo à proibição das casas de passe devido a um surto de doenças venéreas.

Na época, as casas de passe tinham a distingui-las sobre a porta um ramo de loureiro. De acordo com essa leitura, a canção seria um incentivo à despenalização e um hino à liberalização das orgias sexuais. Todas estas leituras podem ser encaixadas em correntes de sentido na paixão do jovem estudante, protagonista da novela.

Apesar da admissão do próprio Joyce, a comunidade literária teve muita resistência a admitir Dujarin como pai dessa técnica revolucionária. Tratava-se de um autor mais velho, que pertencera à geração que «os novos» tinham precisamente a intenção de destruir.

Na verdade, Dujardin teve uma vida longa, falecendo aos 88 anos e atravessando várias escolas e movimentos, mas ficou sobretudo associado ao simbolismo. Apesar de ter continuado a experimentar técnicas narrativas, era visto pelo meio literário como um monumento de outras eras.

Dava um bom retiro livresco 103

14.10.22

kew-residence-john-wardle-architects-house-austral

Este retiro é uma espécie de mix. Tem um ar urbano para parece ficar numa zona verde, tem área de leitura e de escrita e nas estantes tem livros novos e velhos. Gostei do encanto desta mistura.

Bom fim de semana e boas leituras!