Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "O Homem que Caiu na Terra" de Walter Tevis

24.08.22

hh450.jpeg

Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Um verdadeiro clássico da ficção científica que nos faz confrontar com a imagem que temos de nós, humanos, quando pensamos no nosso lugar na terra.

Thomas Jerome Newton vem de Anthea para a Terra numa missão desesperada: salvar os poucos habitantes que ficaram no seu longínquo e desconhecido planeta. O primeiro passo é construir, aqui, uma nave que traga os 300 seres da sua espécie de um planeta sem água - e onde os outros recursos são cada vez mais escassos - para a Terra.

Com uma inteligência bastante superior à dos humanos, Newton torna-se rapidamente um empresário muito bem-sucedido, na área das patentes tecnológicas, mas descobre também a solidão, a ausência de esperança e o álcool.

Esta imagem do ser extraterrestre confrontado com o lado mais humano da vida na Terra oferece-nos uma finíssima parábola da década de 1950, do início da Guerra Fria e das mudanças que o mundo enfrentava nesses anos de extraordinária viragem.

A força da escrita e a tensão poética desta delicada história permitiram fazer de O Homem que Caiu na Terra - adaptado ao cinema em 1963, por Nicolas Roeg, com David Bowie a estrear-se no grande ecrã como protagonista - uma das ficções científicas mais realistas de sempre, uma metáfora perfeita da angústia e da solidão existenciais da espécie humana.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«A ficção científica no seu melhor. Esta história - a de um extraterrestre que visita o nosso planeta - foi feita para nos fazer pensar no que é a vida na Terra.»
The New York Times

«A escrita de Walter Tevis é poderosa, feita de poesia e tensão.»
Washington Post

Leitura - "Mar da Tranquilidade" de Emily St. John Mandel

24.08.22

Uvbntitled.png

Mais sobre o livro aqui

Comecei esta leitura com um misto de curiosidade e desconfiança. Não sabia bem o que ia encontrar, mas a verdade é que após algumas páginas a história já nos agarrou e leva-nos com ela.

Como de costume não vou entrar aqui em detalhes que antecipem o desenrolar da história, mas posso adiantar que a autora fez um grande trabalho de ligação entre as diversas realidades e dimensões / tempos em que decorre a ação, a maior parte num futuro algo distante (não muito). Há viagens no tempo, uma pandemia e colónias lunares. Mas há também um fio condutor bem delineado, sendo que uma boa parte só percebida no final.

Há um momento já perto do final em que parece que estamos um pouco perdidos sobre o destino da história, no entanto, a autora vai puxando as pontas e, confesso, gostei bastante do final. Diferente do que esperava, mas bastante original.

Esta leitura acabou por ser algo antecipada à conta da escolha recente de Barack Obama como um dos livros da sua lista de verão. Em bom momento o escolhi porque foi uma leitura muito interessante e um género contrastante com as minhas leituras mais recentes. E fiquei com curiosidade em ler os outros títulos da autora (o anterior, “O Hotel de Vidro”, tenho em casa).

Um bom livro, uma história muito bem imaginada. Gostei bastante e recomendo.