Ministério dos Livros

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Sinopse:

«Passado o tempo das revoluções, em que a brutalidade do sangue derramado era o próprio sustento das mudanças […] estamos a viver uma verdadeira revolução cultural, que é insidiosa, mas persistente e com não menor profundidade. Muitas decisões, com fortíssimas implicações sociais, pessoais e até civilizacionais, são tomadas sem uma reflexão consistente que mobilize a inteligência e a cultura nos limites do possível. Vivemos uma inundação de um relativismo frequentemente imediatista, aceite tantas vezes por inércia ou incapacidade de produzir pensamento. Surgem novas ideologias que rapidamente se tornam moda como que preenchendo um vácuo em tantos que, na correria barulhenta, deixam atrás de si e dentro de si um rasto de quase nada. […] A ética, mais ainda que o direito que ela própria devia inspirar, tem de continuar a ser o alicerce fundador da cidade. a ética, tantas vezes arredada das decisões, tem de ser convocada sempre. Precisamos de parar. Precisamos de silêncio que permita ouvir a voz do pensamento.
Este livro é um apelo e um apego à lucidez. […]»

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Sinpopse:

Chegou, de novo, aquela altura do ano. Há vinte e quatro anos, Katharina Haugen desapareceu.
Tudo o que deixou para trás foi o marido, Martin Haugen, e aquilo que a polícia batizou de código Katharina: números, linhas e uma cruz rabiscados numa folha de papel encontrada na sua cozinha.

Desde então, sempre que chega a 9 de outubro, o inspetor-chefe William Wisting relê os arquivos do caso mas, este ano a casa de Haugen encontra-se vazia e às escuras. No aniversário do desaparecimento da mulher, também Martin Haugen desapareceu.

Ao mesmo tempo, um jovem investigador da Kripos chega de Oslo à procura de Wisting. Especializado em casos arquivados, desconfia do envolvimento de Martin no desaparecimento de outra jovem mulher no fim da década de oitenta, mas precisa da ajuda de Wisting para o conseguir provar.

Ambientado nas ruas geladas e nas florestas sombrias da Noruega, O Código Katharina é uma história de cortar a respiração sobre a obsessão de um homem com um enigma. Atmosférico, emocionante e cheio de suspense, é um policial nórdico de primeira água.

Venceu o Prémio Petrona para o Melhor Policial Escandinavo do Ano (Reino Unido).

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Esta foi a minha primeira leitura de Luísa Costa Gomes, pelo que, não sabia bem o que iria encontrar. Sabia que se trata de um livro premiado (Vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa) e que, sendo escolha no Clube de Leitura do PNL 2027, é qualidade garantida.

Não consigo dizer que me apaixonei pelo livro e pela escrita, mas posso dizer que gostei e que me soube bem ler algo diferente das minhas últimas leituras.

“Afastar-se” é um compêndio de 13 contos que de alguma forma estão ligados à água, por isso mesmo temos histórias e narrativas muito diferentes embora ligadas por uma escrita de caraterísticas muito similares.

A montanha russa proporcionada pelas diferentes histórias foi para mim o principal atrativo do livro.  Os temas, as narrativas diversas dos contos e a linguagem colocada ao serviço da imaginação acabam por cativar o leitor a cada início de uma nova história.

Sem ser uma leitura de deslumbramento, gostei, apreciei e quero volta a ser leitor da autora. É leitura sempre recomendável.