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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "As Oito Grandes Lições da Natureza" de Gary Ferguson

16.03.22

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Um manifesto poderoso sobre a interdependência de tudo o que existe na natureza e sobre como poderemos viver uma vida mais gratificantes e nos reconectarmos com o mundo natural.

Durante demasiado tempo, vivemos separados da natureza, vendo-nos como superiores, distantes, independentes. Porém, ao fazê-lo, perdemos de vista tudo o que o mundo natural nos pode ensinar.

Neste livro, Gary Ferguson revela-nos as surpreendentes complexidades que podemos encontrar na natureza, bem como a sabedoria que advém do mundo natural, da sua diversidade, dos seus mistérios e da sua capacidade de resiliência perante a mudança.

Baseando-se em áreas que vão desde a ciência e a psicologia à filosofia e à história, Gary Ferguson desvenda a deslumbrante teia de conexões que temos com a natureza, enfatizando a necessidade de voltarmos a estabelecer uma ligação com o mundo natural para potenciarmos o nosso bem-estar físico, mental e espiritual e redescobrirmos a nossa humanidade. Porque, afinal, nós somos natureza.

Críticas de imprensa
 
«Um livro que nos faz refletir e nos ensina a viver em harmonia e equilíbrio com o mundo em nosso redor.»
Kirkus Reviews

Novidade - "O Sr. Wilder & Eu" de Jonathan Coe

16.03.22

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Aos 57 anos, a vida de Calista Frangopoulos parece ter chegado a um impasse pessoal e profissional. À partida de uma das filhas para um país longínquo e ao complexo dilema com que a outra se debate, soma-se o pouco trabalho que tem tido enquanto compositora de bandas sonoras. É no meio deste caos que recorda a sua própria juventude e os tempos passados com o grande realizador de cinema Billy Wilder.
Em 1976, por mero acaso, Calista dá por si em Los Angeles, num requintado jantar com grandes figuras do cinema, entre elas Wilder, que acaba por contratá-la como intérprete durante a rodagem do filme O Segredo de Fedora, numa belíssima ilha grega.
E assim, ao lado de um dos maiores nomes da sétima arte, numa ímpar jornada de aprendizagem e crescimento, Calista conhece os últimos momentos de uma forma de fazer cinema que então chegava ao fim. Ao mesmo tempo, começa a traçar o seu próprio caminho, descobrindo não apenas o amor, mas também os traumas privados e coletivos que o Holocausto deixou.
Num romance que evoca a passagem da juventude à idade adulta e faz o retrato íntimo de uma das mais intrigantes figuras do cinema, Jonathan Coe lança o olhar sobre a natureza do tempo e da fama, da família e da atração traiçoeira que a nostalgia consegue exercer sobre cada um de nós.

Críticas de imprensa

«Tão bom como tudo o que Coe já escreveu – um romance a que devemos dar valor.»

The Scotsman

«O regresso de Jonathan Coe tem sido um dos eventos literários mais animados dos últimos anos.»

The Guardian

Leitura - "A Civilização do Peixe-Vermelho" de Bruno Patino

16.03.22

Cópia de Cópia de Uma das últimas compras (30).

Mais sobre o livro aqui

“A Civilização do Peixe-Vermelho” é um exemplo de um pequeno grande livro. Pequeno no tamanho, grande do alerta e mensagem que passa.

Acredito que nos dias que correm muitos de nós tem a consciência do (muito) tempo de ecrã e de dispositivos digitais a que estamos sujeitos, e não me refiro ao tempo associado à vida profissional. Eu pelo menos acho que tenho, e sei que não é pouco, ou pelo menos sei que devia ser menos.

O que este livro de Bruno Patino nos trás é um alerta para as consequências da cada vez maior exposição a que estamos sujeitos ao digital e em concreto a tudo o que dele decorre: emails, notificações, alertas, mensagens, informações, fotos, vídeos, através da Internet e das redes sociais. Tudo isto gera uma situação de dependência, de vício, maior ou menor, mas efetivo, que se traduz num negócio alicerçado em algoritmos por parte de grandes multinacionais.

Não falo em nome de terceiros, mas em nome próprio quando digo que é verdade que a exposição acima referida diminui a capacidade de concentração (e tempo de atenção) e cria dependência. Não me considero um caso extremo, nem perto disso, mas reconheço a perturbação da concentração que é provocada pelos estímulos digitais, e a necessidade de, por vezes, fazer uma desintoxicação, desligar.

O autor alerta-nos para o perigo de ficarmos reféns dos “Facebooks desta vida”, presos por um modelo de negócio (economia da atenção) que tem por base a ideia de que, se não nos estão a vender um produto (produto pode ser a própria informação), então o produto somos nós, logo não podemos desligar.

A mensagem deste livro é forte, inconveniente, mas muito verdadeira. Temos de ser capazes de olhar para o que fazemos para a aceitar. Não se trata de abdicar de nada em definitivo, mas de agir com moderação e com a noção do efeito dos excessos. O autor apresenta uma receita composta por quatro ingrediente para atingir esse fim: sacralizar preservar, explicar e abrandar. Para perceber como se aplicam sugiro a leitura do livro integralmente. Uma leitura de grande importância nos tempos que correm, para nós e para os nossos filhos.