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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "O Cérebro da Criança Explicado aos Pais" de Álvaro Bilbao

14.12.21

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Durante os primeiros seis anos de vida, o cérebro infantil tem um potencial que nunca mais voltará a ter. Isto não significa que devamos tentar transformar os nossos filhos ou alunos em pequenos génios, porque, para além de ser impossível, um cérebro que se desenvolve sob pressão pode perder parte da sua essência pelo caminho.

Este livro, numa edição revista e aumentada, com novos conteúdos e um prólogo especial dedicado aos pais portugueses é um manual prático indispensável que já conquistou milhares de leitores em todo o mundo.

Álvaro Bilbao explica como educar com afeto e compreensão, que alternativas temos ao castigo e aos gritos, como podemos impor limites, criar relações de confiança e empatia, como ajudar as crianças a crescer sem medos, como desenvolver o autocontrolo e a criatividade, entre tantos outros temas.

Nestas páginas encontramos os mais avançados conhecimentos da neurociência e as estratégias adequadas para que os pais e educadores possam ajudar as crianças a alcançar um desenvolvimento intelectual e emocional saudável, equilibrado e pleno.

Nota do autor
 
«O confinamento foi um período excecional na relação entre os adultos e as crianças. [...] Embora já não estejamos confinados, podemos fazer coisas simples que são realmente importantes como desligar os dispositivos eletrónicos quando os nossos filhos estão a falar connosco, almoçar e jantar em família e reservar tardes ou fins de semana sem amigos nem família extensa para podermos conquistar essa intimidade, que é tão importante para ter conversas de qualidade. E isto é importante porque, de acordo com todos os estudos, a qualidade das relações que uma criança tem na sua infância determina a qualidade de vida que terá quando for um adulto.»
Álvaro Bilbao, Prólogo à edição portuguesa

Novidade - "O Sonho da China" de Ma Jian

14.12.21

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Ma Daode acaba de ser nomeado diretor da Repartição do Sonho da China, um novo organismo que pretende substituir, até por meios tecnológicos, os sonhos privados de cada pessoa pelo grande sonho da China anunciado pelo «plano de rejuvenescimento nacional» do presidente Xi Jinping.

O slogan está em toda parte, em outdoors, discursos e anúncios - e mistura patriotismo e autoajuda com os «objetivos gémeos de resgatar o orgulho nacional e alcançar o bem-estar pessoal».
Ma Daode gosta de sexo e de dinheiro, tem poder, uma dúzia de amantes que lhe enviam mensagens para vários telemóveis, uma filha que estuda em Londres, um gabinete moderno e uma riqueza considerável, alimentada por anos de corrupção. Tudo vai, portanto, correr bem - até que começa a ser atormentado pelas memórias da Revolução Cultural dos anos 1960 e do seu historial de horrores, violência, morte e destruição. O seu «sonho da China» cruza-se com o «pesadelo da China», e com o desfile de imagens do caos e dos fantasmas do passado. O que levanta um problema: se o Partido tem acesso a todos os sonhos individuais, então Ma Daode tem de esconder esses pesadelos proibidos e apagar a memória. Como vai fazê-lo?

Mais do que uma distopia, O Sonho da China é um passeio tragicómico pelos horrores e absurdos do poder totalitário. Mas o riso abre as portas a um caos povoado de fantasmas e de acontecimentos que não conseguem ser esquecidos na história da China de hoje.

Críticas de imprensa
 
«Ma Jian mostra as contradições de seu país e da sua geração.»
The Guardian

Corridas & Audiolivros - um esclarecimento

14.12.21

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Desde que comecei aqui a escrever sobre a minha experiência com audiolivros, em particular nas minhas corridas, recebi várias mensagens e emails com pedidos de informação e também com experiências partilhadas semelhantes à minha.

No entanto, mais recentemente recebi uma mensagem e um email de duas pessoas que se manifestavam algo melindradas porque para elas o audiolivro não parece funcionar como funciona para mim, desde logo porque não se conseguem concentrar no que estão a ouvir. Uma das pessoas praticamente acusou-me de ser mentiroso, já que segundo ela, não é possível correr e ouvir um audiolivro ao mesmo tempo. Escreveu inclusive que eu utilizo essa tática para aumentar de forma falsa o meu número de leituras.

Normalmente não dou grande valor a opiniões mal fundamentadas e quase ofensivas (que felizmente são pouco comuns), mas neste caso, sendo um tema que me é caro gostaria de deixar duas ou três notas que me parecem importantes:

- O facto de algo resultar para mim não que dizer que resulte para outras pessoas. Eu aprendi a gostar de ouvir audiolivros e consegui coligá-los com outra atividade que também adoro, correr. Ouço também noutras ocasiões, como por exemplo quando vou passear os cães, mas acima de tudo, são um aliado das corridas.

- Eu nunca referi que se trata de uma receita universal. Mais uma vez, é algo que resulta comigo, mas que pode não resultar com outras pessoas. Tenho uma leitora frequente do blog que me indicou que, apesar de fazer caminhas frequentemente, não consegue ouvir audiolivros porque precisas de estar sossegada para se concentrar. Compreendo perfeitamente. Tenho colegas que consegues trabalhar normalmente a ouvir rádio, eu não consigo de maneira nenhuma porque não me consigo concentrar. Cada um é como cada qual.

- Não entendo as pessoas que leem aquilo que outros escrevem como regras. Neste espaço não há regras ditadas a ninguém, sobre nada, nem sobre os livros nem sobre como os podem ler ou ouvir. No máximo há sugestões, recomendações e ideias que outros leitores podem, se assim entenderem, aproveitar, sendo que, no final, podem, como muitas vezes fazem, vir aqui dizer “não gostei assim tanto deste livro como você gostou”, ou o contrário.

Em relação aos audiolivros aplica-se também o que escrevi acima. Eu partilhei aqui algo que resulta comigo e de que gosto. O leitor pode achar que vale a pena experimentar, pode identificar-se porque também o faz, pode dizer isto não é para si, e pode já ter experimentado e não ter apreciado. Como em tudo, todas as perspetivas são válidas, não vale a pena levantar problemas onde não existem. Aqui não há verdade absolutas. Ou melhor, há só uma: seja em formato for, os livros são essenciais.