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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "É Ok Querer Ser Rico" de Jason Brennan

31.12.21

991.jpgMais sobre o livro aqui

Sinopse:

Moralizadores de dedo em riste dizem que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Presumem que ganhar muito dinheiro implica explorar outras pessoas e que a melhor maneira de quem ganha muito salvar a face é doar grandes somas.

Em É OK Querer Ser Rico, Jason Brennan mostra que esses moralizadores fazem uma leitura ao contrário. Argumenta que, em geral, quanto mais dinheiro se ganha, mais se faz pelos outros, e que até um assalariado médio está a retribuir produtivamente à sociedade simplesmente por fazer o seu trabalho. Além disso, a riqueza liberta nos para termos a melhor oportunidade de levar uma vida autenticamente nossa.

Brennan também procura demonstrar de que modo as sociedades baseadas no dinheiro criam melhores cidadãos, mais confiáveis e mais cooperativos. Com base nos novos historiadores do capitalismo, argumenta que as nações ricas se tornaram ricas devido às suas instituições saudáveis e não às suas horríveis histórias de escravidão ou colonialismo. Ao mesmo tempo que defende que quanto mais dinheiro se tem mais se deve ajudar os outros, Brennan também observa que não nascemos com uma dívida perpétua para com a sociedade. Não só é ok tornar-se rico, como o é gostar de ser rico.

E as melhores leituras de 2021 são... ainda não sei bem...

31.12.21

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Na sequência do registo de ontem onde registei aqui as todas as minhas leituras do ano, hoje era suposto apresentar as leituras que mais me encheram as medidas, as melhores das melhores, mas tive de adiar. A razão? A melhor de todas, apesar de tudo, quando falamos de livros: muita qualidade a dificultar de sobremaneira a escolha.

Há vários dias que ando às voltas com as minhas melhores leituras deste ano e a verdade é que não consegui ainda escolher as melhores das melhores. Tenho vários livros que coloco num mesmo patamar e estou a achar injusto deixá-los de fora. Mesmo que selecione os 3 melhores nas áreas de ficção e não ficção, continua a não ser fácil.

Dito isto, vou aproveitar o fim de semana para fechar o tema e no início de 2022 apresentarei aqui as milhas escolhas. A única coisa que espero é que para o ano volte a ter o mesmo problema. Será bom sinal.

Boas Leituras e Bom Ano para todos!

Novidade - "Segunda Casa" de Rachel Cusk

30.12.21

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Uma mulher convida um prestigiado pintor para passar uma temporada com ela e a sua família, na casa que acabam de construir numa remota zona costeira. Profundamente impressionada com a sua pintura, espera que o particular olhar do artista ilumine com uma nova luz a sua própria existência e os mistérios da paisagem.

Ao longo desse verão, a presença do pintor vai revelar a distância que separa a realidade das ficções que vamos construindo e as subtis dinâmicas de poder que existem nas relações entre homens e mulheres.

As Minhas Leituras de 2021

30.12.21

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Final de ano, tempo de balanço e retrospetiva em termos de leituras.

Diz o Goodreads que este terá sido o meu melhor ano de sempre em termos de leituras, 54 livros e quase 15 000 mil páginas. O que o Goodreads não diz, mas que também é verdade é que foi também muito provavelmente o meu melhor ano de sempre em qualidade de leitura.

Li e ouvi muito, mas, acima de tudo, li e ouvi com muita qualidade. Li autores que não tinha lido, li livros que nunca tinha prestado atenção e que adorei, voltei a ler autores que não lia há muito tempo, aprendi de sobremaneira com livros de não ficção, converti-me em definitivo aos audiolivros. Foi um grande ano de leituras. Diversificadas, instrutivas, a puxar a reflexão, divertidas. Houve de tudo um pouco.

Em resumo e de uma forma gráfica, eis o meu ano em livros (no final a lista de todos os livros com link para quem pretenda saber mais sobre os mesmos).

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"Hamlet" de William Shakespeare

“Olive Kitteridge” de Elizabeth Strout

"Quem Mexeu no Meu Queijo?" de Spencer Jonhson

"Apanhados pelo Vírus" de David Marçal e Carlos Fiolhais

"Dias e Dias" de Adília Lopes

“Onde as Cores Têm Sabor” de Ricardo Tomaz Alves

"A Física do Impossível" de Michio Kaku

"Os Anos" de Annie Ernaux

"Outliers” de Malcolm Gladwell

"Os Loucos da Rua Mazur" de João Pinto Coelho

"Castas - As Origens do Nosso Descontentamento" de Isabel Wilkerson

"Uma Terra Prometida" de Barack Obama

"Klara e o Sol" de Kazuo Ishiguro

"Um Crime no Expresso do Oriente" de Agatha Christie

"Woke" de Titania McGrath

“O Infinito num Junco” de Irene Vallejo Moreu

"How to Lead" de David M. Rubenstein

"Sentir & Saber" de António Damásio

"Da Meia-Noite às Seis" de Patrícia Reis

“No Início, Eram Dez…” de Agatha Christie

“As Leis Fundamentais da Estupidez Humana” de Carlo M. Cipolla

"O Amor nos Tempos de Cólera" de Gabriel García Márquez

"O Silêncio" de Don DeLillo

"A Anomalia" de Hervé Le Tellier

"The Bomber Mafia" de Malcolm Gladwell

"O Vício dos Livros" de Afonso Cruz

"A Rapariga Nova" de Daniel Silva

"Memórias de Adriano” de Marguerite Yourcenar

"Dez Lições para Um Mundo Pós-Pandemia" de Fareed Zakaria

"Sr. Salário" de Sally Rooney

"A Biblioteca da Meia-Noite" de Matt Haig

"Os Anjos Bons da Nossa Natureza" de Steven Pinker

"Unidos - 10 escolhas para um agora melhor" de Ece Temelkuran

"Loba Negra" de Juan Gómez-Jurado

"A Máquina do Ódio" de Patrícia Campos Mello

"Três Contos" de Eugenio Carmi e Umberto Eco

"O Terrorista Elegante e Outras Histórias" de Mia Couto e José Eduardo Agualusa

"Blink" de Malcolm Gladwell

"Palavra do Senhor" de Ana Bárbara Pedrosa

"Frankenstein em Bagdad" de Ahmed Saadawi

"A Ordem" de Daniel Silva

"A Balada do Medo" de Norberto Morais

"Pensar, Depressa e Devagar" de Daniel Kahneman

“Fahrenheit 451” de Ray Bradbury

"Os Livros que Devoraram o meu Pai" de Afonso Cruz

“O Assassinato de Roger Ackroyd” de Agatha Christie

"Filosofia para Crianças" de Jordi Nomen

"Manhã" de Adília Lopes

"Como Falar para as Crianças Ouvirem e Ouvir para as Crianças Falarem" de Adele Faber e Elaine Mazlish

"O Jardim dos Animais com Alma" de José Rodrigues dos Santos

"Peril" de Bob Woodward e Robert Costa

"A Viagem do Elefante" de José Saramago

"Essencialismo" de Greg McKeown

"Obras Completas Maria Judite de Carvalho - Volume 1 - Tanta gente, Mariana | As palavras poupadas" de Maria Judite de Carvalho

Novidade - "Viver a Minha Vida" de Emma Goldman

29.12.21

9+.jpgMais sobre o livro aqui

Sinopse:

VIVER A MINHA VIDA (1931) é a sua trepidante autobiografia, um vertiginoso fresco histórico onde se cruzam revolucionários, como Piotr Kropotkine, Jack London, Louise Michel, Voltairine de Cleyre e John Reed, a par de diversas geografias — Viena, Londres, Nova Iorque, Estocolmo — e de acontecimentos marcantes como o massacre de Haymarket e a revolta de Cronstadt. É também o percurso de uma mulher corajosa, uma resoluta activista com o dom da palavra, que percorreu o mundo e ousou desafiar autoritarismos — pai, mentores, companheiros e Estado —, lutando contra a moral mesquinha em tempos violentos. Emma Goldman soube escolher o seu norte e concebeu o anarquismo não como uma «paixão triste» que exigia uma cega obediência, mas como uma aventura movida pela alegria, na qual «todos os seres humanos nascem com o mesmo direito de participar no banquete da vida».

As Listas dos Melhores Livros do Ano 2021

29.12.21

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O post de hoje é dedicado às listas dos melhores livros do ano, ou pelo menos a algumas delas. 

As listas dos melhores do ano para mim servem dois propósitos fundamentais: ajudam a confirmar os livros que podem vir a ser leituras futuras, em particular os que se repetem em várias listas, e são uma oportunidade para ficar a conhecer livros que me tinham passado ao lado.

Para quem possa ter interesse aqui ficam então algumas seleções livrescas dos melhores de 2021.

Bertrand

Expresso

New York Times

Folha de São Paulo

The New Yorker

Time Magazine (Ficção)

Time Magazine (Não Ficção)

The Boston Globe

The Guardian

Novidade- "A Era do Nós - Proposta para uma Democracia do bem comum" de João Ferro Rodrigues

28.12.21

0p+.jpgMais sobre o livro aqui

Sinopse:

Nas últimas décadas, apesar do ritmo intenso da globalização e do advento das redes sociais, que ligou pessoas de todo o mundo de uma forma inimaginável no século passado, a Humanidade tem caminhado no sentido de uma crescente atomização social. Vivemos mais sós, trabalhamos remotamente, os núcleos familiares e sociais em que nos movemos são cada vez mais reduzidos e menos diversos.

A maioria da população existe numa bolha restrita, pouco representativa da multiplicidade que o mundo abarca, e os outros, a sua realidade e experiências, são matéria de quase ficção. As crianças, em particular, têm um contacto extremamente limitado com a realidade do seu território, incomparavelmente menor do que tiveram as gerações anteriores.

A partir desta constatação, João Ferro Rodrigues tenta resumir as causas desta bolha social, elencando as suas consequências no bem-estar de cada um de nós e no futuro da sociedade. E, num exercício de cidadania e progressismo, procura, acima de tudo contribuir com propostas concretas, com soluções práticas para que tenha início uma nova era. Uma era do bem comum democrático e inclusivo, impulsionadora de confiança nas nossas comunidades. Uma era do nós.

Críticas
 
«Nesta sua reflexão politicamente comprometida, João Ferro Rodrigues conduz-nos, num registo coloquial e sugestivo, através de referências atualizadas da teoria económica, da biologia, ou da história recente, para fundamentar a sua convicção quanto à urgência de recuperar os valores do bem comum. João Ferro Rodrigues enriquece corajosamente a sua reflexão com um elenco de propostas concretas de alcance transformador. Um contributo generoso, comprometido com o seu tempo, que merece ser escutado por decisores políticos e que interpela o cidadão comum.»
Teresa Patrício Gouveia

«Este livro chama-se apropriadamente "A Era do Nós", mas bem que podia ser “Uma carta aberta aos jovens do meu país”. O que aqui está é uma síntese notável, que guia o leitor ao longo da discussão dos dilemas sociais, económicos e políticos do nosso tempo, temperada com propostas exigentes, que rompem com os dogmas vigentes e com as clivagens políticas tradicionais. Tudo marcado por uma ideia chave – o homem superou as dificuldades sempre que levou mais longe a sua propensão comunitária, por uma exigência crítica que escasseia e por um louvável otimismo, um dos ativos mais desvalorizado nos tempos que correm. Este é um livro progressista sobre os nossos tempos e com propostas viáveis para encararmos em conjunto os tempos que nos esperam.»
Pedro Adão e Silva

Leitura - "Obras Completas Maria Judite de Carvalho - Volume 1 - Tanta gente, Mariana | As palavras poupadas" de Maria Judite de Carvalho

28.12.21

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Mais sobre o livro aqui

Maria Judite de Carvalho estava nos meus autores a “ler em breve” há muito tempo. O Clube de Leitura do PNL 2027 deu-me a oportunidade de não adiar mais e acabou por fazer com que fechasse o ano com chave de ouro.

Todas as críticas e recomendações que e li e recebi sobre a escrita da autora foram confirmadas. É um verdadeiro prazer literário. A sua escrita aliada à crueza das suas histórias fazem deste primeiro volume das suas Obras Completas um livro obrigatório.

Da minha parte, não obstante ter gostado muito do “Tanta Gente, Mariana”, se tiver de indicar preferências, encaminho-as para dois contos mais curtos: “Viagem” e “A Sombra da Árvore”. Em ambos os casos são contos frios, fotografias detalhadas, ficcionadas, mas com tanto sabor a realidade, em particular no seu final. No geral, acho que todos os textos são peças de escrita de enormíssima qualidade, mas estes dois disseram-me algo mais.

Não foi uma sugestão de Natal deste ano porque ainda estava muito no início do livro, mas fica como forte recomendação para uma leitura de 2022.

Mais um obrigado ao Clube de Leitura do PNL 2027 por me te apresentado a este livro e a esta autora. Este ano perdi a conta aos bons livros que descobri através do Clube.

Novidade - "Poemas que Resolvem Problemas" de Chris Bleakley

27.12.21

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Os algoritmos são os métodos invisíveis que os computadores aplicam para processar informação e tomar decisões. Hoje, as nossas vidas são geridas por algoritmos. Eles determinam as notícias que vemos. Influem nos produtos que compramos. Sugerem os nossos parceiros. Podem até estar a determinar o resultado das eleições nacionais. Estão a criar e a destruir indústrias inteiras. Apesar das crescentes preocupações, poucos sabem o que são algoritmos, como funcionam ou quem os criou.

Poemas que Decifram Enigmas conta a história dos algoritmos desde as suas origens na Antiguidade até aos dias de hoje e mais além. O livro apresenta aos leitores os inventores e os eventos inspiradores por trás da génese dos algoritmos mais importantes do mundo.

Livros no Sapatinho

27.12.21

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Cá em casa, felizmente, entram livros novos praticamente todas as semanas, no entanto, isso não quer dizer que não possam ser também um presente de Natal.

Na semana passada, para além de me ter auto-oferecido vários livros, entre eles “Estado de Terror” de Hillary Rodham Clinton e Louise Penny, “Olhar para Trás” de Juan Gabriel Vásquez e “Ecologia” de Joana Bértholo (a leitura de janeiro do Clube de Leitura do PNL 2027), decidi fazer uma encomenda conjunta de 3 livros para colocar na árvore de Natal.

A ideia era ter, entre os presentes individuais, um presente livresco familiar, um livro para cada elemento da família cá de casa, e foi isso mesmo que acabou por acontecer.

Na noite de Natal o presente foi aberto e cada um teve o seu livro, uma escolha de acordo com o respetivo gosto. Para mim “Uma Cidade nas Nuvens” de Anthony Doerr, para a cara-metade “Sinopse de Amor e Guerra” de Afonso Cruz e para o mais pequeno “A história do Pedrito Coelho” de Beatrix Potter.

Toda a gente ficou contente, o pequeno inclusive, embora não tenha sido, naturalmente o presente mais apreciado.

Não temos muitas tradições fixas de Natal cá em casa, mas vou fazer por tornar esta permanente, um presente de livros no sapatinho para toda a família.

Em www.bertrand.pt

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