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“Agarra-te aos livros”. Esta frase é de alguém importante que faz hoje 73 anos, o meu pai.
Já aqui escrevi por diversas vezes que não cresci numa casa com livros, mas desde cedo fui incentivado a valorizá-los e a persegui-los porque era aí que estava o futuro.
O meu pai é um homem que fez a antiga 4ª classe, com um livro que ainda hoje tenho em casa e que foi um dos primeiros livros que me lembro de folhear.
Para que eu me pudesse dedicar aos livros trabalhou muitas vezes até nem poder mais, e foi por vezes até onde não podia. Estarei eternamente grato por isso e pago-lhe esse sacrifício da melhor forma que posso.
O meu pai é a exceção que confirma a regra de como alguém desligado do mundo dos livros conseguiu incutir no filho, à sua maneira, e o melhor que conseguiu, a ideia que os livros são a base fundamental do conhecimento e o sustentáculo de um futuro melhor.
Hoje, reformado lê alguma coisa em livro, mas prefere a internet para as suas leituras. Ainda assim gosta de ler umas linhas e às vezes leva qualquer coisa cá de casa para ler.
Um dia deste apanhei-o a dizer ao neto, de 6 anos, que estava a fazer as suas primeiras letras num caderno de trabalhos de casa, “tens de te agarrar aos livros!”. Fiquei com uma lagrimita, porque sei a importância que têm aquelas palavras.
Parabéns pai e obrigado por me teres atirado aos livros.