Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "A Aldeia de Stepantchikovo e os Seus Habitantes" de Fiódor Dostoiévski

22.10.21

001.jpg

Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

A sensibilidade peculiar de Dostoiévski, o seu sentido do que há de trágico na vida dos seres comuns assim como das suas fraquezas, que lhe suscitam compaixão, fazem dele o retratista incomparável da época em que se inaugurava, sob o signo do progresso industrial, cultural e social, a modernidade de que ele é já um intérprete de pleno direito.

A actualidade dessa época de transição, ao mesmo tempo cheia de promessas e de sinais de uma decadência gerada pelo apego às velhas mordomias do império, suscitou em Dostoiévski uma paixão que se traduziu na inesgotabilidade dos seus temas, centrados sempre na profundidade contraditória e caótica da subjectividade humana.

Escrito ao mesmo tempo que os Cadernos da Casa Morta, o romance, A Aldeia de Stepantchikovo e os Seus Habitantes (1859) é considerado uma das obras-primas do cómico dostoievskiano. É notável pelo trabalho dos diálogos, que fazem deste romance uma obra particularmente adaptável ao teatro.

A narração, ambientada numa propriedade rural do interior da Rússia, é ferozmente corrosiva em relação aos pequenos dramas em que se comprazem as personagens, sobretudo Fomá Opísskin, um homem medíocre e frustrado que alimenta sonhos de grandeza e se comporta como um verdadeiro tirano em relação ao seu benfeitor com quem mantém uma relação parasitária.

A presente edição deste volume é, como habitualmente nesta colecção, uma tradução directa do russo, da autoria de Nina Guerra e Filipe Guerra, vencedores do Grande Prémio de tradução literária APT/Pen Clube Português.

Nina Guerra e Filipe Guerra foram os vencedores do Prémio Especial Tradutor - Prémios de Edição LER/Booktailors 2012.

Novidade - "O Poder da Geografia" de Tim Marshall

22.10.21

++l.jpg

Mais sobre o livro aqui

Outra leitura obrigatória ainda para este ano.

Sinopse:

A geografia é um fator-chave na limitação do que a Humanidade pode ou não fazer. A política tem importância, mas a geografia é ainda mais importante. As escolhas dos líderes são limitadas por montanhas, rios, mares e betão. A geografia não muda, ao contrário do que acontece com o mundo.

Este novo livro de Tim Marshall apresenta-nos as dez regiões que estão destinadas a transformar a política e o poder global. Por que razão a atmosfera da Terra será o próximo campo de batalha, a luta pelo Pacífico está apenas no início ou a próxima crise de refugiados na Europa está mais próxima do que se imagina são apenas algumas das respostas que pode encontrar neste livro.

Em dez capítulos - da Austrália à Grécia, do Reino Unido à Etiópia ou do Irão ao Espaço -, o autor explica como as características geográficas e físicas de uma região afetam as decisões tomadas pelos seus líderes. Inovador e apresentado com o habitual humor de Marshall, esta é uma exploração apaixonante e esclarecedora do poder da geografia para definir o passado, o presente e - mais importante - o futuro da Humanidade.

Críticas de imprensa
«Uma leitura fascinante… Um relato interessante e lúdico. Não consigo imaginar ler um livro melhor este ano.»
Daily Mirror

Book quote

22.10.21

Cream and Brown Illustration Social Science Class

A tradução desta frase de Julian Barnes (da minha responsabilidade) é mais ou menos esta: “Os livros dizem: ela fez isso porque. A vida diz: ela fez isso. Os livros são sítios onde as coisas são explicadas; a vida é onde as coisas não são. Não me surpreende que algumas pessoas prefiram livros.”

Optei por manter o original da citação porque, não é fácil traduzi-la à letra. Já o seu significado parece-me claro, e, sendo absolutamente verdade acho que nunca tinha parado para refletir sobre o assunto.

Nos livros, regra geral tem de existir um sentido, uma explicação (ou mais do que uma), uma sequência, uma causa, uma consequência. É tudo isto misturado que faz uma história. No entanto, depois há livros e autores que escrevem como a vida, e os seus livros são crus e diretos, por sim, porque o ser humana e a vida são assim.

Não consigo ter preferência por ou outro tipo. Gosto de ler os dois, se possível, intercalados, faz-me apreciar mais cada um deles.