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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "Shuggie Bain" de Douglas Stuart

07.09.21

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Mais sobre o livro aqui

A muito aguardada tradução do Booker Prize de 2020.

Sinopse:

1981, Glasgow. A outrora próspera cidade mineira sufoca sob o jugo férreo das políticas de Margaret Thatcher, lançando milhares de famílias para a miséria. A epidemia do álcool e das drogas aproveita para capturar os mais vulneráveis.

Agnes Bain esperava mais da vida. Sonha com uma casa só sua e folheia catálogos de compras a crédito, na vã tentativa de alegrar a existência precária a que fica condenada quando o marido, um taxista mulherengo, a abandona, sem emprego e com três filhos. Com cabelos negros sedosos e ondulados, maquilhagem esmerada e dentes falsos perfeitos, parece a Elizabeth Taylor de Glasgow, mas, por baixo da aparência orgulhosa, as malhas do vício enredam Agnes, que mês após mês gasta o abono de família em latas de cerveja e maços de tabaco. Os filhos fazem o melhor que podem para cuidar de si e da mãe, mas, um a um, vêem-se obrigados a abandonar a casa materna, para tentar pelo menos salvar-se.

Fica Shuggie, o mais novo, que adora a mãe e não perde a esperança de a salvar. Mas, aos oito anos, o rapaz tem a sua própria luta pessoal para travar: delicado, sensível, comporta-se como um príncipe e destoa da dureza da escola e das ruas devassadas pela pobreza. Anseia apenas ser normal e encaixar, mas é o último a perceber que carrega um segredo e nunca poderá ser igual aos outros.

Com ecos de autores como Frank McCourt, D. H. Lawrence e James Joyce, Shuggie Bain é um magnífico romance de estreia de um autor que tem uma história importante para contar, inspirada na sua própria. Uma história dilacerante de dependência, carência e afecto, um retrato épico de uma cidade, um quadro íntimo de uma família destroçada e, sobretudo, uma extraordinária história de amor.

Críticas
 
«É absolutamente fantástico, o melhor romance de estreia que li nos últimos anos.»
Karl Ove Knausgard

 

Críticas de imprensa

«Fomos conquistados por este primeiro romance, que cria um retrato íntimo, sensível e apaixonante da dependência, da coragem e do amor. É uma reflexão muitíssimo triste mas ao mesmo tempo quase esperançosa sobre a família e a força destrutiva do desejo.»
Júris do Booker Prize

«Um clássico belo e brutal.»
Martin Chilton, Independent

«Um romance dilacerante, tão belo quanto brutal… Todo o sofrimento, miséria e tristeza da história resultam num livro duro, doce, triste e belo.»
The Times

«Douglas Stuart escreveu um primeiro romance de uma beleza rara e duradoura.»
The Guardian

Uma visita à Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra

07.09.21

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Já aconteceu há algum tempo, mas ainda não tinha tido oportunidade de falar aqui do tema.

Há mais de 15 anos que não entrava no Palácio Nacional de Mafra, e já havia sido falado cá em casa várias vezes como um local de passeio, pelo que, recentemente fomos em família fazer uma visita. Os adultos para revisitar, o pequeno para ficar a conhecer coisas de outros tempos da nossa história.

Tratando-se do Palácio Nacional de Mafra, o momento alto não podia deixar de ser a visita à sua extraordinária e imponente Biblioteca (de seu nome completo Biblioteca Monástico-Real do Palácio Nacional de Mafra), que, sem exagero, aparece muitas vezes no lote das mais belas e importantes da europa e do mundo.

O pequeno, acima de tudo, quis saber o porquê de não poder passar as divisórias e ir inspecionar tudo mais de perto (“Tantos livros antigos!” Posso abrir alguns?” - fartou-se de dizer). Eu fiquei, mais uma vez, esmagado pela grandiosidade e beleza daquele espaço. Por muito piroso que possa parecer, tenho noção de que era capaz de ficar ali horas só a contemplar. É um espaço absolutamente magnífico.

Não lhe vou chamar magia, mas há um “quê” de especial em visitar alguns locais quando estes estão ligados a coisas, sentimentos, paixões que nos são próximos. Para um amante de livros a Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra é um desses locais. Recomendo vivamente uma visita.