Ministério dos Livros

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Sinopse:

Através destas cartas, Mario Vargas Llosa fala-nos com grande lucidez da arte de narrar, da vocação literária e do exercício dessa vocação. Nesse sentido, discorre sobre o poder de persuasão das histórias, o estilo, os vários tipos de narrador, o espaço e o tempo, os níveis de realidade, a estrutura do romance, a autenticidade e a eficácia da escrita e, claro, a coerência interna da narrativa, que emana da própria linguagem.

Uma demonstração de sabedoria e experiência, ilustrada por inúmeros exemplos de escritores e romances, descritos com pinceladas breves e certeiras, e que acaba com um conselho definitivo: «Querido amigo: estou a tentar dizer-lhe que esqueça tudo o que leu nas minhas cartas sobre a forma romanesca e que se ponha a escrever romances de uma vez por todas.»

Considerando a minha idade, fui convocado para levar a primeira vacina contra a Covid no dia 12 de junho. Tive algumas dores nos braços, mas nada de muito significativo, e pensei que não iria ter grandes efeitos secundários. Acabou por não se bem assim, e, por estranho que pareça, um dos principais efeitos fez-se sentir nos livros.

Passo a explicar, fazendo questão de dizer que não tenho provas científicas do que vou escrever a seguir, apenas uma conjugação de fatores e a minha sensibilidade.

Após a vacina, e durante as últimas semanas, aquilo que acabou por acontecer foi um aumento significativo da fadiga na realização de exercício. Sem que tenha existido qualquer outra alteração (lesão, aumento de esforço, etc.), passei a ficar muito mais cansado ao realizar as minhas corridas. Uma sensação de fadiga e desgaste como se não corresse há anos, e dores musculares depois do exercício, sem justificação.

Em resultado disso, acabei por correr muito menos tempo (metade, aproximadamente) e, em consequência, passou também para metade o tempo dedicado a ouvir audiolivros. Menos corridas, menos audiolivros.

Tinha previsto ouvir dois audiolivros em junho, mas com esta situação acabei por não conseguir terminar sequer um. Ainda estou a terminar “Os Anjos Bons da Nossa Natureza” de Steven Pinker, um livro extraordinário, diga-se de passagem. Nos últimos dias já comecei a sentir alguma melhoria, mas dentro de 3 dias vou levar a segunda dose, por isso não sei como vai ser durante o mês de julho, por isso não vou fazer grandes planos a este nível.

Como já aqui referi as corridas e os audiolivros têm andado de mãos dadas no último ano. Foram dois elementos positivos que puxaram um pelo outro: se correr mais, e mais tempo, consigo ler/ouvir mais livros, para ler/ouvir mais livros preciso de fazer mais corridas. Tem sido uma combinação muito produtiva: mais livros lidos / ouvidos, menos quilos de peso!