![Cópia de Uma das últimas compras (14).png]()
Mais sobre o livro aqui
Decidi-me pela leitura desde livro movido por curiosidade efetiva de ler as palavras de alguém que tem construído a sua vida entre o jornalismo o ativismo e a escrita ficcional.
A primeira coisa que salta à vista é que a autora tem efetivamente uma grande capacidade de escrita, sem dúvida. A segunda é que o livro é alicerçado num profundo idealismo, e não refiro isso com uma conotação necessariamente negativa.
Trata-se de uma leitura que deve ser realizada com uma mente aberta, independentemente da confrontação que possamos fazer de algumas das suas ideias com a “realidade” e de podermos até achar que há alguma potencial ingenuidade em relação a outras.
Há dois factos apresentados no livro que são incontornáveis: existem problemas graves para os quais as elites governativas parecem não encontrar soluções; muitas vezes menosprezamos a capacidade de das pessoas de unirem para poderem fazer a diferença.
Este é ainda um livro marcado pelo contexto pandémico, e pelo agudizar de desigualdades e fragilidades a nível global, motivo pelo qual também se pode extrair dele outro tipo de elações que, de outra forma, seriam mais difíceis de aceitar.
Sendo eu por natureza algúem bastante racional e pessimista, este não é um livro fácil de digerir, mas tenho de admitir que contém muitos princípios de ideias válidas, talvez em alguns em alguns momentos excessivamente poetizados pela autora, mas ainda assim muito válidos. A verdade é que não podemos continuar a olhar para problemas com soluções que já sabemos que não funcionam.
A minha recomendação é que o(a) leitor(a) leia e tire as suas conclusões. Cada cabeça sua sentença. Vale bem a pela a leitura para refletir sobre o atual estado do mundo de uma perspetiva diferente.