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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "O Homem do Casavo Vermelho" de Julian Barnes

18.05.21

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

No verão de 1885, três cavalheiros franceses chegaram a Londres para alguns dias de «compras decorativas e intelectuais». Um era príncipe, outro era conde e o terceiro era um plebeu com apelido italiano que, alguns anos antes, fora retratado numa das extraordinárias telas de John Singer Sargent. Era ele Samuel Pozzi, médico da melhor sociedade, ginecologista pioneiro e livre-pensador - um homem racional, de espírito científico e com uma vida privada conturbada.

Em fundo, a Belle Époque parisiense, um período de muito glamour e prazer, mas com um lado negro também - de histeria, narcisismo, decadência e violência.

O Homem do Casaco Vermelho é, assim, em simultâneo, um original e vívido retrato da Belle Époque - e dos seus heróis, vilões, escritores, artistas e pensadores - e de um homem à frente do seu tempo. Um livro cheio de espírito e profundamente documentado, que mostra e defende a frutuosa e duradoura troca de ideias através do Canal da Mancha que fez a grandeza da Europa.

Críticas de imprensa
 
«Brilhante e provocadoramente original.»
The Spectator

«Barnes liberta-nos da superficialidade do presente e lembra-nos de que sabemos sempre menos do que pensamos que sabemos.»
The Guardian

«Deliciosamente inteligente. O mestre no seu ofício.»
The Daily Telegraph

«Notável e recheado de mexericos da alta-roda.»
The Times [Lista dos melhores livros de 2019]

«Um tónico revigorante para dias cinzentos.»
The Evening Standard [Lista dos melhores livros de 2019]

«Trabalho biográfico de um detetive aprazivelmente obsessivo.»
The Observer

«Barnes tece uma fina manta de retalhos com a mesma perícia de sutura do exímio Dr. Pozzi.»
The Financial Times

Sentir os livros

18.05.21

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Na semana passada tive oportunidade de regressar a alguma da normalidade pré-covid, situação que trouxe consigo a possibilidade de regressar também às livrarias.

Ao longo do último ano e dois meses diria que em comparação com o mesmo período anterior (ano de 2019, na prática), o número de idas às livrarias físicas terá decrescido qualquer coisa como 90%. Sim, acredito que nesse período não fui mais do que 10% do número de vezes que teria ido sem covid.

Não comprei menos livros, se calhar até comprei mais, mas na esmagadora maioria das vezes fi-lo online. Comprei a grandes livrarias nacionais, nas plataformas internacionais, às livrarias independentes e pequenos negócios online, assim como nas plataformas de livros usados. Quase tudo menos nas livrarias físicas, e, verdade seja dita senti muita falta.

É muito diferente a relação com os livros quando lhes podemos tocar, folhear, ler a contracapa, a introdução, o índice, passar as folhas, apreciar. É quase namorar o livro.

Entrar numa livraria, observar, tocar, folhear um livro é um ato que permite encontrar sempre livros que não conhecíamos, não tínhamos reparado e com isto aumentar automaticamente a wishlist ou diminuir a conta bancária, ou pode também acontecer que, depois de inspecionar “aquele livro”, percebemos que não é bem o que estávamos à espera. Acontece para os dois lados, e faz parte da magia de ir a uma livraria.

Sentir os livros foi provavelmente das coisas que mais senti falta ao longo da pandemia. Por ser algo que tinha como um hábito e por ser algo que verdadeiramente aprecio. Muitas vezes, na minha hora de almoço, a ida à livraria é uma espécie de momento zen que me desliga por uns momentos de um dia difícil. Não sei se acontece com toda a gente, mas comigo resulta em pleno. O efeito terapêutico dos livros (cá em casa até há quem diga que é a minha igreja).

Espero, muito sinceramente, que daqui para frente possamos voltar, definitivamente, a alguma desta normalidade. Para voltar a sentir os livros.