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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "Timbuktu" de Paul Auster

06.05.21

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Mr. Bones é um cão de raça indefinida e companheiro inseparável de William Gurevitch, um vagabundo, um poeta errante, um excêntrico sobrevivente das revoluções dos anos sessenta. Juntos percorreram a América e sobreviveram aos duros invernos de Brooklyn.

Agora, em Baltimore, depara-se-lhes aquela que será talvez a última aventura. William, que pressente a chegada da morte, embarca numa missão: encontrar Bea Swanson, sua professora de liceu.

É a essa mulher, que não vê desde a juventude, que decide confiar os cadernos de poemas e o leal companheiro de tantos anos.

Críticas de imprensa
"Um livro extraordinário."
Salman Rushdie

 

"Auster, sempre surpreendente, enfeitiça-nos com um dos seus romances mais brilhantes e mais comovedores."
in, Publishers Weekly

Novidade - "Portugal e a Crise do Século" de Susana Peralta

06.05.21

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Habituámo-nos a associar a palavra economia a números, alguns inescrutáveis para o cidadão comum. De tal forma que nos esquecemos que há pessoas por detrás dos números. Pessoas e vidas muito diversas no seu quotidiano, no local onde trabalham e moram, no que estudam, no que leem, na forma de usufruir dos momentos de lazer. Até nos seus sonhos e no futuro que idealizam e tentam construir.

Uma parte dessa diversidade é boa e desejável, pois permite-nos fazer o que a nossa individualidade ditar para tentarmos ser felizes. Outra é negativa, já que resulta das colossais diferenças de oportunidades e poder com que cada um enfrenta a vida, criando desequilíbrios e desigualdades profundas no tecido social.

Susana Peralta, reputada economista e professora de Economia, analisa o país e as pessoas no rebentar da maior crise global do século XXI: uma crise sanitária, económica e social sem precedentes e com consequências devastadoras, que nos obriga a um olhar crítico sobre o nosso passado, presente e futuro.

Leitura - "Sentir & Saber" de António Damásio

06.05.21

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O autor inicia este livro fazendo o alerta ao leitor, indicado que vai procurar ser mais objetivo nas ideias que transmite já que, tem noção que em livros anteriores não o terá conseguido fazer sem rodeios. Não li os livros anteriores, mas temo que não tenha conseguido.

Para este leitor o livro constitui uma certa surpresa, desde logo porque estaria à espera mais de um livro de divulgação científica do que de um ensaio, mas mais ainda pelo tipo de linguagem quase de natureza poética, e muitas vezes pouco clara.

Compreendo que se trata de um cientista de elevada reputação e que o temas abordados são complexos, coisa que aumenta o grau de dificuldade de escrever sobre os mesmos, no entanto, sei por experiência que mesmo em temas complexos (por exemplo sobre física e astronomia) é possível escrever para leigos. Neste caso, a minha opinião é que não é um livro para leigos.

Apesar de ser um livro curto, a forma como algumas ideias são apresentadas, pelo menos para um comum mortal, é confusa e sente-se a falta de uma linha de continuidade, de algum enquadramento, ou mesmo da ilustração com exemplos.

Assumo que possa ser o meu desconhecimento quase absoluto dos temas abordados que dificultou o meu melhor entendimento do livro, mas não creio que seja apenas isso. Não deixo de ler porque não conheço o tema, antes pelo contrário e, regra geral estou muito mais disponível e atento por conheço a dificuldade. Neste caso senti dificuldades em aproveitar o livro na sua plenitude.

O capítulo mais interessante, e controverso, é o relativo à Inteligência Artificial, com o autor a defender uma humanização das máquinas, com a introdução de sentimentos, fragilidades e vulnerabilidades à semelhança dos humanos.

Não posso dizer que tenha ficado impressionado. Fiquei um pouco mais esclarecido, mas com um certo sentimento de desilusão. Acho que tinha margem para chegar de outra forma a mais leitores e ajudá-los a entender melhor um tema que é complexo. acho o que estilo de linguagem também não ajudou. De qualquer forma vale a leitura e quem sabe uma interpretação diferente da que teve este leitor.