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Hoje celebra-se o Dia Mundial da Língua Portuguesa. A língua de Camões de Pessoa e de todos nós que com ela lidamos através da fala, da escrita e da leitura.
Neste espaço, embora se leia e ouça por vezes em inglês, é em português que se desenvolve a esmagadora maioria das atividades de leitura e escrita, sendo que, em relação a esta última, nem sempre totalmente isenta de falhas.
Não sei se o português é uma língua difícil ou fácil, mas acho que é uma língua de grande beleza, seja quando falada seja quando escrita. Se calhar é uma opinião tendenciosa, mas não me importo. É um privilégio poder ler em bom português, escrito porque sabe brincar e construir com as palavras.
Tenho dois grandes lamentos em relação à língua portuguesa: o primeiro é que sinto que me falta saber muita coisa sobre ela, muitas vezes até algumas coisas básicas. Algumas devia ter aprendido e não aprendi, outras que foram aprendidas e que, entretanto, esqueci.
O outro lamento, que, felizmente, vem fincando menor com o passar do tempo, está relacionado com o facto de não conhecer com muita profundidade a obra dos maiores artesãos da escrita em português. Vou aos poucos tentando colmatar esta falha, sendo certo que tenho ainda um grande caminho a percorrer.
Para quem assim entender, uma boa forma de comemorar este dia poderá ser iniciar um livro em português, de um autor português, e, se quiser fazer mesmo uma comemoração a sério, escolher um dos 12 melhores livros portugueses dos últimos 100 anos, segundo uma seleção de vários especialistas (mas que nunca será consensual). São eles:
“A Casa Grande de Romarigães” de Aquilino Ribeiro
“A Sibila” de Agustina Bessa-Luís
“Finisterra” de Carlos de Oliveira
“Húmus” de Raúl Brandão
“Livro do Desassossego” de Fernando Pessoa
“Mau Tempo no Canal” de Vitorino Nemésio
“O Ano da Morte de Ricardo Reis” de José Saramago
“O Delfim” de José Cardoso Pires
“Os Cus de Judas” de António Lobo Antunes
“Os Passos em Volta” Herbert Helder
“Para Sempre” de Vergílio Ferreira
“Sinais de Fogo” de Jorge de Sena
Se não quiser ir tão longe no tempo escolha um dos muitos autores portugueses contemporâneos. Há muitos e de muito boa qualidade. Correndo o risco de ser tendencioso, ficam 3 recomendações de outros tantos autores com livros recentes:
"Da Meia-Noite às Seis" de Patrícia Reis
"Almoço de Domingo" de José Luís Peixoto
"O Vício dos Livros" de Afonso Cruz
Tenha um Bom Dia Mundial da Língua Portuguesa em Bom Português!