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Os tempos mudam muita coisa, e os livros e as leituras não constituem exceção.
Quem aqui vem há mais tempo, ou quem pretenda procurar nos primórdios do blog, vai encontrar escritos meus com a indicação de que me era difícil considerar a possibilidade de ler mais do que um livro ao mesmo tempo, porque me provocava confusão, porque me distraia, porque era difícil manter o equilíbrio de páginas lidas num e noutro, em particular quando um é mais interessante.
Tudo isto era verdade até há cerca de um ano atrás. De lá para cá as coisas mudaram bastante e agora é raro não estar a ler dois livros ao mesmo tempo, procurando manter o equilíbrio, com leitura em simultâneo de um livro de ficção e outro de não ficção.
Uma das coisas que mudou foi a alteração da preocupação em manter os livros par a par, ou seja, deixei de fazer disso um objetivo. Acontece com frequência dispensar mais tempo a um do que a outro e terminar um ou dois livros enquanto mantenho outro em leitura (como aconteceu por exemplo com o livro de Barack Obama “Uma Terra Prometida” que se alongou por vários meses, tendo lido vários livros enquanto este decorria).
A principal vantagem que encontrei nesta alteração foi a possibilidade de muitas vezes alternar leituras em função do estado de espírito e do cansaço. Se existe um livro mais cativante, normalmente é a escolha do final de um dia mais cansativo, por exemplo.
Para além dos dois livros em leitura simultânea, nos últimos tempos passei a acrescentar quase em permanência um terceiro, em formato de audiolivro, que me acompanha nas minhas corridas semanais e muitas vezes também nos passeios caninos. Aqui a escolha tem sido mais de acordo com o que tenho disponível, seja ficção ou não ficção, desde que seja do meu interesse.
Ou seja, em resumo, no último ano passei de um livro para três livros em simultâneo. Não foi uma alteração pensada, foi uma experiência que foi resultando positivamente e que se foi sedimentando. Hoje é natural, e, confesso, que muitas vezes, à noite, nos dias em que recebo livros novos, sou capaz de iniciar mais um ou dois, mas depois retraio-me. Três tem sido bom, quatro ou cinco se calhar já é demais!