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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "Instinto" de Ashley Audrain

21.04.21

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

Blythe Connor está determinada a ser a mãe afectuosa e solidária que nunca teve. No entanto, no auge dos esgotantes primeiros dias de maternidade, Blythe convence-se de que alguma coisa não está bem com Violet.

Com o passar do tempo, a sensação agrava-se: a filha é distante, rejeita o afecto e revela-se cada vez mais perturbadora. Ou estará tudo apenas na cabeça de Blythe?

O marido diz que ela está a imaginar coisas. Quanto mais Fox ignora os seus receios, mais ela se questiona sobre a sua própria sanidade mental.

Quando nasce o filho mais novo, tudo parece melhorar: Blythe sente com Sam a ligação que sempre imaginou; Violet acalma e parece adorar o irmão mais novo.

Mas, de repente, tudo muda e Blythe não poderá mais ignorar a verdade sobre o seu passado e sobre a sua filha. Onde está a verdade quando tudo tem duas caras?

Críticas de imprensa
 
«Um thriller absorvente e um olhar intenso e profundo sobre as maneiras dolorosas como a maternidade pode dar errado, com certeza vai provocar discussão.»
Booklist

«Inteligente, cuidadosamente elaborado, vividamente executado e envolvente… Instinto carrega as ansiedades maternais com uma feroz energia gótica.»
The Guardian

«Tenso, arrepiante e escrito com uma emocionante precisão. Audrain atiça os mistérios muito agilmente.»
The New York Times

«Um thriller de suspense que agarra o leitor desde a primeira página e permanecerá com ele muito tempo depois de ter lido a última. Não perca!»
Heat

«Tensa, arrepiante… Audrain tem o dom de captar os momentos aparentemente insignificante, mas que dizem muito sobre os relacionamentos.»
New York Times Book Review

«Habilmente, Audrain examina e explora a ansiedade quase universal das mulheres que julgam não corresponder ao padrão de perfeição materna ditado pela sociedade… O que mais distingue Instinto de outros thrillers domésticos é a compreensão diferenciada de Audrain sobre a forma como as vozes das mulheres são desconsideradas, como milhares de pequenos desrespeitos podem prejudicar um casamento sólido e - desafiando os tabus maternais - como as mães realmente se sentem, por vezes, em relação a crianças difíceis.»
The Los Angeles Times

«Admirável e cativante… Instinto é uma leitura de sessão única, cheio de suspense, à imagem dos melhores thrillers, tão provocador como um bom romance literário, com uma força quase física devido a cada uma das suas reviravoltas e revelações. No final, o leitor sentir-se-á oprimido de uma forma que só os melhores livros conseguem. A estreia de Audrain é um romance impressionante e devastador.»
Toronto Star

«Este livro deveria vir com um sinal de advertência! Instinto… é um romance de estreia perturbador que contém alguns murros no estômago. Um romance de leitura compulsiva.»
New York Post

«Uma adição excelente aos thrillers psicológicos, de uma voz surpreendentemente original.»
Publishers Weekly

«Este é um romance cru, rápido, chocante, instigante e com um final perturbador. Vai falar sobre esta história durante um longo período de tempo.»
BookTrib

Leitura - "Woke" de Titania McGrath

21.04.21

A palavra que mais me veio à cabeça durante e no final deste livro foi, inquietante. Não pelo livro em si, mas por causa do que ele pode representar.

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Mais sobre o livro aqui

O livro é uma sátira, brilhantemente construída, assinada por uma personagem fictícia, Titania McGrath, uma mega-ativista, poetisa, vegana, etc., que se tornou conhecida por ser a autora de um blogue e conta de Twitter onde escrevia sobre racismo, feminismo, machismo. Chegou a ter mais de meio milhão de seguidores. Esta personagem fictícia foi criada um humorista, Andrew Doyle, facto que durante muito tempo não foi conhecido. Como é referido no próprio livro, o que parecia ser a defesa de posições absurdas, era na verdade a sátira dessas mesmas posições.

E o livro é precisamente isto: a defesa, através de textos absurdos, mas tremendamente bem escritas, de posições absurdas de ativismo da suposta defesa da justiça social. Há verdadeiras pérolas para desfrutar. O meu texto favorito é o dedicado à liberdade de expressão, e gostaria de ler os vários poemas nas no original em inglês.

A parte inquietante é que esta “pessoa” e as suas “posições” granjearam de facto apoiantes que se identificavam com ela, por partilham das suas ideias / posições absurdas. Essa é a parte preocupante.

Tenho a certeza de que haverá muito boa gente capaz de ler o livro, e se ignorarem a sua origem, baterão palmas, não pela magnífica comédia que proporciona, mas porque acreditam nas barbaridades escritas.

É um livro a ler pelo que nos dá de divertido, mas também pelo que nos mostra de uma realidade preocupante, muito incrementada pelas redes sociais e pela total falta de noção do real. E a verdade é que estes fenómenos de híper-ativismo acabam por ser muito prejudiciais aos princípios de justiça social que alegadamente defendem.

Se tiverem oportunidade leiam, que vale a pena.