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Há alguns dias fiz uma consulta de medicina no trabalho onde um dos pontos mais abordados, foi, naturalmente a forma que encontrei para gerir a nova realidade do teletrabalho em contexto pandémico, e, no fundo, como me sentia psicologicamente.
Expliquei que, independentemente do stress associado ao trabalho em si, tive altos e baixos, mas que não posso dizer que me sinta psicologicamente afetado. Referi que no geral tenho gerido bem a situação.
Foi-me perguntado então quais tinham sido os fatores chave para ultrapassar este período. Respondi, uma forte base familiar, o exercício físico e... os livros. Se em relação à base familiar e ao exercício não houve questões (acredito porque sejam respostas esperadas), já os livros merecerem uma nota da médica, questionando-me em que medida os livros me tinham ajudado.
A minha resposta, que me saiu sem pensar muito no tema, foi que os livros para mim têm a mesma, ou até mais importância, do que o exercício físico em termos de equilíbrio mental, seja em contexto de pandemia ou em situação normal. Foi-me indicado que ainda bem que assim era, mas que (pela sua experiência) para muitas pessoas os livros têm o efeito inverso e são vistos como um peso adicional e não como um refugio.
Cada pessoa é uma pessoa, e eu só posso falar por mim, mas tenho dificuldade em entender o livro como um peso. Não faço ideia de como a maioria das pessoas encarou os livros ao longo do último ano, em particular as que já não liam muito, mas um livro, se bem escolhido, (e há muito por onde escolher) pode ser um fármaco poderoso, para fazer a cabeça sair do loop do dia-á-dia, para encontrar uma realidade alternativa, para aprender alguma coisa de interessante. Funciona todos os dias com a minha cabeça.
Na minha modesta opinião, e muita gente discordará, muito mais do que as Netflix´s desta vida, um livro pode fazer toda a diferença no nosso bem-estar mental. Para quem não acredita, apenas posso sugerir que experimente!