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Bem sei que já estamos no início de fevereiro e já aqui escrevi sobre as minhas leituras de 2020 em vários momentos, mas acho que não me debrucei o suficiente sobre a parte mais qualitativa, ou, se preferirem, alguns pontos muitos positivos que vão para além do número total de livros que li e das minhas escolhas para as melhores leituras do ano.
A primeira nota que tenho é para um autor, Afonso Cruz, cuja escrita descobri pela primeira vez em 2020, e em relação à qual fiquei efetivamente rendido. É verdade que apenas li um livro, “Jalan Jalan”, mas foi o suficiente. Adicionalmente consegui disseminar cá em casa o forte apreço pelo autor, com vários livros lidos pela cara metade no ano passado. É minha intenção este ano ler pelo menos mais um livro do autor.
A segunda nota vai para o facto de me ter inscrito no Clube de Leitura do PNL2027 e de, com isso, ter conseguido descobrir vários livros e autores que de outra forma não teria lido. É o caso de Alberto Manguel e do seu maravilhoso livro “A Biblioteca à Noite”, do livro de Richard Zimler “Meia-noite Princípio do Mundo”, ou ainda de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis. Tem sido uma experiência muito gratificante.
Uma terceira nota para um conjunto de livros que li e ouvi, no campo da gestão: “Hábitos Atómicos” de James Clear, “Primeiro Pergunte Porquê” de Simon Sinek, “Originais” de Adam Grant, “A Força do Hábito” de Charles Duhigg e “4 Horas por Semana” de Timothy Ferriss. Estes livros permitiram-me uma aprendizagem muito grande e já estão a ser a base de um conjunto de alterações importante na minha vida quotidiana. Falarei deste tema aqui com mais detalhe a breve prazo.
Um quinto ponto dedicado aos livros do campo da ciência que li, de muita qualidade e de muita importância para mim. É uma paixão que vai ficando cada vez maior. É o facto de sentir que aprendo sempre mais qualquer coisa sobre temas altamente complexos que me incentiva a ler mais e mais. É um verdadeiro prazer.
Por fim uma nota para alguns livros que li em 2020, de autores pouco conhecidos e mesmo desconhecidos e que muito gozo me deu. Houve um livro em particular, que não faz parte da lista dos “lidos de 2020”, que o autor não publicou, mas que me enviou para obter uma opinião. Achei extraordinário que, embora a história em si precisasse de melhorias, a sua escrita fosse tão cativante como a dos melhores autores que li em 2020. Espero sinceramente que o autor em causa não perca a esperança e que um dia publique efetivamente.
De uma forma geral é verdade que li mais em 2020, mas acima de tudo acho que li melhor. É verdade que também não arrisquei muito, li essencialmente o que já sabia que iria ao encontro do que gosto e procuro, porque o tempo é escasso e é preciso aproveitar da melhor forma. Este ano quero tentar arriscar um pouco mais, em particular com autores em relação aos quais sei muito pouco. Acho que me faz falta para ser um melhor leitor. No final do ano logo saberemos.