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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "Em Todas as Ruas te Encontro" de Paulo Faria

25.01.21

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

A pandemia abateu-se sobre nós enquanto ainda lambíamos as feridas do abalo de 2008. Sem darmos por isso, fomos perdendo muita coisa. Abdicámos da memória individual e colectiva, da proximidade com os outros, da privacidade. Desaprendemos de ver. Resta saber se a pandemia veio pôr a nu que também desaprendemos de amar.

Dois casais de meia-idade veem o mundo correr os taipais à sua volta e tentam cerzir um agasalho para se protegerem até que tome forma o mundo que há-de vir. Sónia, filha de Irene e Carlos, que regressa a Portugal, quando o vírus se espalha aos quatro ventos, ensaia gestos de resistência ao pânico infeccioso. Enceta a busca de um amor para os novos tempos.

Se o encontra ou não é coisa que tu, leitor, serás o último a saber.

Essa coisa de proibirem a venda de livros

25.01.21

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No sábado fui fazer as minhas compras da semana logo de manhã. No espaço que costumo frequentar há uma pequena secção de livros e cá fora existe uma papelaria / livraria que tem uma razoável seleção de títulos.

Tendo-me esquecido que os livros foram “proibidos” nos grandes espaços comerciais, dirigi-me, como sempre faço, por alguns minutos ao local onde costumam estar, e só ao dar de caras com uma fila inteira de cadeiras de bebé no seu lugar é que me lembrei que esta semana a rotina não seria possível.

Do lado de fora, na papelaria / livraria, o cenário era ligeiramente diferente. Aqui tínhamos livros, mas de acesso interdito com fitas a delimitar o espaço (foto abaixo), como se estivéssemos perante produtos tóxicos, ou algo do género.

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Já aqui manifestei na semana passada a minha posição: acho que, com todas as exceções aprovadas no contexto do confinamento, nem as livrarias nem qualquer espaço de venda de livros deveria estar proibido de o fazer.

Para um leitor a ideia de não poder comprar livros é complicada, mais ainda quando ela é apresentada visualmente desta forma. É contranatura, é quase uma imagem obscena a imagem de prateleiras de livros com sinaléticas de proibição. É colocar os livros num lugar que eles não merecem.