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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "Desoras" de Julio Cortázar

31.12.19

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

«É-me difícil proceder a uma análise mental de todos os meus livros de contos anteriores. Sem nenhuma falsa modéstia, tenho a impressão de que, mesmo continuando a escrever contos, estes não são repetitivos, isto é, são um novo passo nalgum sentido, às vezes um passo em frente, outras, uma bifurcação, um lugar onde me parece ainda existirem possibilidades que eu mesmo não investiguei, que não explorei. Se assim não fosse, deixaria de ter interesse ou curiosidade neles (…) Parece-me que os oito contos deste livro, de alguma forma, são todos encontros a desoras porque há um desajuste entre a realidade e as personagens: uma não-coincidência no tempo, destinos que passam ao lado um do outro sem se encontrarem (…) um desajuste, uma falta de harmonia.»

Balanço Livresco de 2019

31.12.19

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Este é meu balando de 2019, com recurso a uma excelente infografia da Goodreads.

A primeira nota a registar é para referir que 2019 foi um excelente ano livresco. Foi o meu melhor ano de sempre em leituras com 31 livros lidos. Mais 6 do que os 25 inicialmente planeados e mesmo com um mês de dezembro mais fraco em leitura.

Para além dos 31 livros lidos, consegui também cumprir os objetivos adicionais a que me tinha proposta, a saber:

- Ler pelos menos 2 livros de autores lusófonos;

Cumprido. Li, Fernando Pessoa, José Luís Peixoto, José Eduardo Agualusa e Gonçalo M. Tavares, José Rodrigues dos Santos e Patrícia Reis e ainda João Nuno Azambuja e Horácio N. Medina.

- Ler alguma coisa de poesia;

Cumprido. Li dois livros de poesia: A “Mensagem” de Fernando Pessoa e “A Passagem” de Horácio N. Medina.

- Ler pelos menos 3 novos autores que nunca tenha lido no campo da ficção;

Cumprido. Para além dos portugueses acima referidos li Mohsin Hamid, Ali Smith, Andrew Sean Greer

- Ler 2 livros de Daniel Silva (este é repetidos de anos anteriores);

Cumprido. Li “A Viúva Negra” e “Casa de Espiões”.

- Tentar ler equiparadamente o mesmo número de livros de ficção e não ficção;

Cumprido. Li 15 livros de ficção/poesia e 16 de não ficção.

Para além de todos estes números fiz algo mais importante: li o que quis mesmo ler mesmo com a consciência permanente que, quando escolhia um livro, ficavam pelo menos 10 na prateleira (para ser otimista) que também podiam ser escolhidos.

Outra nota ainda: iniciei-me no mundo dos audiolivros, mundo que ainda me causa alguns arrepios, mas que compreendo me poderá ajudar a conhecer livros que, de outra forma, não vou conseguir ler.

Por fim, e não menos importante, uma nota para dois eventos importantes deste ano de 2019 e que acabaram por contribuir também para o número e para a qualidade das leituras realizadas. Refiro-me à entrada para a Comunidade Bertrand e ainda para a parceria com a Gradiva. O meu muito obrigado a ambas as entidades!

Só que 2020 fosse igual já seria excelente. Nos próximos dias falarei aqui sobre os meus melhores do ano (tema que ainda não está fechado) e sobre os objetivos de leituras para 2020.

Leitura - "O Corpo: Um Guia para Ocupantes" de Bill Bryson

30.12.19

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Mais sobre o livro aqui

“O Corpo – um guia para ocupantes” de Bill Bryson foi o meu último livro do ano. Foi um daqueles livros que soube, assim que saiu, que tinha de ler. Por sorte a edição em português chegou quase em simultâneo e o processo de leitura saiu facilitado.

A razão para tamanho interesse residiu em dois fatores muito simples: o meu enorme desconhecimento sobre o corpo humano e o facto de saber, conhecendo o autor, que seria uma oportunidade ímpar para aprender de forma clara e bom humorada sobre o tema.

A correspondência às expetativas foi total, a todos os níveis, desde logo, foi um dos livros que me permitiu aprender mais sobre um tema (ou muitos temas para ser honesto) de há muito tempo a esta parte.

Com uma linguagem muito simples, com recurso a exemplos, muito dos quais caricatos e insólitos, o autor consegue explicar em detalhe essa máquina maravilhosa que é o nosso corpo.

Um dos aspetos mais curiosos do livro é o número de vezes que as expressões “não sabemos” e “ninguém faz ideia” aparecem. É impressionante tudo o que hoje ainda é um mistério no nosso corpo, mas dada a sua complexidade extrema, se calhar até é normal. De qualquer forma eu não fazia ideia que existiam ainda tantas pontas soltas que vão desde processos complexos aos simples soluços.

Na contracapa do livro está uma frase que refere o seguinte: “A vida toda habitamos um único corpo, mas quantos de nós entendemos o que se passa cá dentro?” Podemos achar que é um livro para leigos, curiosos, hipocondríacos, mas na minha opinião o que esta frase quer dizer, no final de contas, é que é um livro para todos. Todos devemos conhecer melhor o que se passa cá dentro, o que se sabe e o que não se sabe sobre o corpo, e este livro é uma oportunidade única para o conseguir.

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Novidade - "Um Economista Entra num Bordel" de Allison Schrager

29.12.19

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

É difícil imaginar que um economista possa dar resposta a esta pergunta - ou a outras questões do dia a dia, como com quem namorar ou com que antecedência devemos estar no aeroporto para apanhar um avião -, mas é isto que Allison Schrager faz. Economista e jornalista premiada, passou a sua carreira a analisar a forma como as pessoas lidam com o risconas suas vidas e carreiras, partilhando agora os seus conhecimentos com os leitores.

A sua ampla e surpreendente investigação leva-nos desde um bordel no estado do Nevada, onde as mulheres preferem abdicar de 50% dos seus rendimentos em troca de segurança, às mesas de jogo de póquer profissional, até à praia, onde um surfista, sabendo que os oceanos e a meteorologia são como os mercados - um caos controlado -, aplicou estratégias para determinar se devia surfar uma determinada onda ou não.

Este livro mostra como a gestão de risco pode ser usada em qualquer tipo de situação, e as histórias fascinantes aqui narradas, sobre pessoas que encontraram maneiras inteligentes de gerir riscos, ilustram os princípios fundamentais da economia financeira mais do que qualquer outra história sobre a compra e venda de ações.

Críticas
 
«Neste livro fascinante, a economista financeira e especialista em risco Allison Schrager mostra, através de casos originais, como os princípios usados na gestão de fundos de pensão milionários nos podem ajudar a enfrentar os riscos na nossa vida diária. E funcionam!»
Robert C.Merton, Prémio Nobel de Economia

Novidade - "Uma Amizade Improvável - D. Maria I e Guilherme Stephens" de Jenifer Roberts

28.12.19

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

D. Maria I de Portugal era uma soberana com poder absoluto. William (Guilherme) Stephens era filho ilegítimo de uma criada da Cornualha; aos quinze anos, viajou para Lisboa para se tornar num dos mais ricos industriais da Europa. o contraste entre estas duas personagens não poderia ser maior - encontravam-se em polos opostos em todas as facetas das suas vidas - e, apesar disso, criaram uma improvável amizade no sufocante formalismo da corte portuguesa.

William, homem de génio, edificou uma próspera fábrica de vidro na Marinha Grande, uma pequena aldeia mais de cem quilómetros a norte de Lisboa. A rainha D. Maria I passou ali três dias no verão de 1788, pernoitando duas noites na casa de um inglês, um homem que não só era plebeu e filho ilegítimo, mas também protestante, um herege aos olhos dos portugueses.

Um livro que relata a história deste acontecimento único da vida monárquica, um vislumbre intimista sobre o mundo da monarquia absoluta, um instantâneo da vida da corte na velha Europa, apenas um ano antes de a Revolução Francesa começar a alterar radicalmente os padrões então vigentes.

É ainda a história de duas personalidades extraordinárias cujas vidas tão diversas acabaram unidas num tempo de grandes tumultos da história europeia.

Leituras pré-blog: "A Geografia de Felicidade" de Eric Weiner

28.12.19

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Mais sobre o livro aqui

(Esta é uma leitura com mais de 10 anos. Mas continua a ser uma ótima recomendação).

A título de resumo devo dizer que é um livro bastante interessante sobre um tema que à primeira vista soa um pouco a sem conteúdo. Medir a felicidade? Saber quais são os países e locais ditos mais felizes?

O autor do livro, Eric Weiner, viajou milhares de quilómetros pelos quatro cantos do mundo, passando por países tão distantes e tão distintos como o Butão, a Islândia, Holanda, Moldávia, para perceber o que faz destes países mais ou menos felizes. Conclusões? A maior conclusão será, acima de tudo, que a felicidade é um conceito muito subjetivo, que se altera no tempo e no espaço e acima de tudo entre cada ser humano. O que faz um tailandês feliz é praticamente o oposto do que faz um suíço. Existem diferenças gigantes entre o que faz feliz um habitante do Butão e um do Reino Unido.

Acima de tudo é um livro de cultura e de culturas que nos permite beber um pouco de conhecimento de vários povos e realidades.

Com uma escrita por vezes profunda e outras vezes irónica e divertida Eric Weiner escreveu um livro que não tenho problema algum em recomendar, seja para uma leitura descontraída seja para uma leitura de introspeção.

Novidade - "Encontros Imediatos com a Humanidade" de Sang-Hee Lee e Shin-Young Yoon

27.12.19

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Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

De onde viemos, como vivemos ou porque temos esta aparência são algumas das questões fundamentais que nos ocorrem nalgum ponto das nossas vidas.

A evolução humana é um campo em constante mudança, não havendo, por isso, respostas certas nem perguntas erradas. Neste livro fascinante, Sang-Hee Lee explora e questiona alguns dos pressupostos evolutivos a partir de novos e inesperados ângulos.

A agricultura foi um passo em falso na evolução humana? Porque é o parto tão difícil para as mulheres? Porque é que os humanos adultos bebem leite? O que temos em comum com os neandertais?

As histórias presentes neste livro oferecem uma nova perspetiva sobre os primeiros hominíneos, desafiando as perceções sobre a progressão tradicional da evolução. Combinando uma visão antropológica com investigação inovadora, as surpreendentes conclusões da autora lançam uma nova luz sobre os primórdios da humanidade.

À medida que avançamos na evolução, Lee ajuda-nos a determinar para onde caminhamos e aborda uma das questões científicas mais urgentes: será que a humanidade continua a evoluir?

Críticas
 
«Um dos melhores livros de ciências do ano.»
Instituto Smithsonian

Pensar nas leituras de 2020 já com amargo de boca

27.12.19

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No dia de Natal, com tempo, estive a fazer um pequeno inventário dos livros que quero mesmo ler em 2020. Se por um lado é verdade que já aprendi a viver com a ideia de que nunca irei conseguir ler tudo o que gostaria, não é menos verdade que desta vez fiquei algo deprimido com a evidência com que me deparei.

Se considerar apenas os livros que quero mesmo ler que já tenho em casa, e mesmo que não comprasse mais nada, já vou nos 28, ou seja, quase os mesmos livros que li em 2019, e portanto, sem margem para livros que já sei que vão surgir em 2020 e que vou querer ler também.

Enfim, na prática não muda muito a situação habitual: tenho de fazer escolha e tentar aproveitar melhor o tempo para conseguir ler mais alguma coisa, mas fica sempre o gosto a deceção...

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