Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "A Escrita da História" de José Mattoso

02.11.19

010.jpg

Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

«Para mim a História não é a comemoração do passado, mas uma forma de interpretar o presente. Ao descobrir a relação entre o ontem e o hoje, creio poder decifrar a ordem possível do mundo, imaginária, porventura, mas indispensável à minha própria sobrevivência, para não me diluir a mim mesmo no caos de um mundo fenomenal, sem referências nem sentido.»
José Mattoso

Ao longo dos anos José Mattoso partilhou o seu saber em palestras e conferências, para «libertar uma voz» que o ultrapassava, para se juntar «à sinfonia da História». Nesses seus textos, aqui reunidos, desenvolve temas como a construção crítica do texto historiográfico — que métodos e condições exige e que problemas coloca —, a contemplação, a geografia histórica, a iluminura, o milenarismo ou o ensino da História.

Conteúdo da obra

I. A escrita: A escrita da História. História — arte ou ciência. Novos rumos da historiografia. Breves reflexões sobre o individual e o coletivo em História. Se a História pode ser contemplativa.

II. O ensino: A função social da História no mundo de hoje. Lendas e mitos no ensino da História. A importância do texto literário no ensino da História. A História hoje: que História ensinar?

III. Os materiais: Renovar os arquivos para renovar a História. O arquivo e a identificação. Os arquivos oficiais e a construção social do passado. A publicação de fontes documentais e o progresso da ciência histórica em Portugal. Investigação histórica e interpretação literária de textos medievais. Perguntas dos historiadores aos linguistas.

IV. Os temas: Portugal e a Europa. História nacional e nacionalismo. A formação de uma identidade nacional. A história regional e local. A reconstituição dos espaços do passado. A mulher e a família. O sagrado e o profano. A intimidade na arte. O imaginário da iluminura medieval. Reflexões sobre os milenarismos.

As respostas do Leitor ao desafio: Problemas de um(a) leitor(a)

02.11.19

o MdL responde.png

Na sequência de um desafio lançado pela Sweet Stuff  para responder a algumas questões livrescas, aqui ficam as respostas do Leitor.

Tens 20 mil livros na tua TBR. Como é que decides o que vais ler a seguir?

É complicado porque eu tenho efetivamente sempre um lote grande de livros na minha TBR.

Basicamente a minha estratégia passa por identificar, e se possível antecipar, os livros que eu quero mesmo ler, entre a ficção e a não ficção, e depois vou complementando com outros que vão surgindo ou que foram ficando pendurados.

Um ponto positivo é facto de hoje conseguir fazer esta seleção com menos remorsos do que fazia no passado.

Estás a meio de um livro de que não estás a gostar. Desistes, ou continuas?

Regra geral, levo até ao fim. Nos últimos anos lembro-me de uma única vez em que coloquei um livro de lado. Tento ser criterioso nas escolhas que faço e tenho tido sorte. Embora me tenha deparado com livros que gostei menos (este ano já me aconteceu por duas vezes), não desgostei o suficiente para os colocar de parte antes de chegar ao fim.

O final do ano está a chegar e estás atrasado no teu desafio de leitura do Goodreads. O que decides fazer?

Os desafios de leitura do Goodreads são algo recente para mim. Este é o terceiro ano que faço e é também o terceiro que cumpro. Em nenhum dos anos me vi na circunstância de estar perto do final do ano e de estar atrasado Tento definir objetivos que sei que, à partida, serão atingíveis.

As capas de uma série que adoras não combinam! Como é que lidas com isso?

Acho que só tenho esta realidade com os (muitos) livros do Daniel Silva. Confesso que não ligo nada a essa questão :).

Toda a gente gosta de um livro que tu odeias. Com quem é que partilhas os teus sentimentos?

Apesar de ser uma “pessoa dos livros” e de me dar com algumas “pessoas dos livros” temos gostos de leitura pouco compatíveis, por isso, regra geral faço-o em casa e no “Ministérios dos Livros”.

Estás a ler um livro e estás prestes a começar a chorar em público. Como é que lidas com isso?

Confesso que nunca vivi esta realidade.

O segundo volume de uma série que adoras acabou de sair, mas esqueceste-te do que acontece no primeiro livro. Lês o livro anterior novamente? Lês uma sinopse ou uma review? Choras de frustração?!

Já me aconteceu com dois livros de Daniel Silva. Tive de voltar ao livro anterior e ler dois ou três capítulos para me situar.

Não queres que ninguém, NINGUÉM, pegue no teus livros e os estrague. Como é que dizes educadamente às pessoas que não lhes vais emprestar um livro?

Não sou uma pessoa possessiva com objetos... exceto livros. Muito mais facilmente empresto um relógio ou algo do género.

Não gosto de emprestar livros e evito fazê-lo a todo o custo, quer porque receio o tratamento que lhes é dado, quer pelo receio de não os ter de volta.

Já cheguei a dizer a uma pessoa que os meus livros em termos de possibilidade de empréstimo, estão ao nível da minha escova de dentes...

Começaste a ler cinco livros no último mês e não conseguiste terminar nenhum. Como é que sobrevives a uma ressaca literária?

Esta é também uma realidade que não conheço. Regra geral leio apenas um livro de cada vez. Este ano ensaiei a dupla leitura, conjugando sempre ficção e não ficção e até me dei bem, embora seja difícil habituar-me.

Há muitos livros novos que foram lançados e que estás cheia de vontade de ler! Quantos deles é que chegas a comprar?

O meu método é mais o contrário do teu... 1 + 5... cinco comprados por cada livro lido.

Eu compro muito livros, mas compro cada vez menos livros novos. O OLX é um amigo que me permite gerir melhor o orçamento. Dá trabalho, mas compensa, e depois também vou recebendo algumas ofertas.

Mesmo assim, a minha wishlist é sempre megalómana.

Depois de teres comprado os livros que tanto querias, quanto tempo é que eles ficam na estante até serem lidos?

Depende, depende muito. Ao ritmo a que compro livros sei que há muitos que não vou ler, pelo menos não nos próximos anos. Outros não vão sequer para a prateleira.

Eu não vejo a lógica de ter livros para ler nas estantes como a maioria das pessoas. Para mim as estantes da minha biblioteca não são o meu armário de roupa, onde o que lá está é para ser usado. É como se fosse uma extensão e um extra da minha pessoa. Acho que não sei explicar bem.

Criar uma biblioteca é um objetivo de vida porque há pouco locais onde me sinto melhor do que no meio de livros. Compro livros para os ter, porque se amanhã os quiser ler, estão ali. Não compro parvamente, compro com critério, compro o que me interessa e o que tenho interesse... e, se tiver condição financeira para isso, sei que será assim até ao fim dos meus dias!

Novidade - "A Maldição do Marquês" de Tiago Rebelo

02.11.19

0002.jpg

Mais sobre o livro aqui

Sinopse:

José Policarpo de Azevedo, criado de um dos fidalgos mais poderosos do reino, condiciona involuntariamente os mais dramáticos acontecimentos, que mudaram Portugal no século XVIII. 
D. José reina, mas delega todas as decisões no omnipotente marquês de Pombal, que trava uma guerra de morte com a velha nobreza e os padres jesuítas.

O terramoto que arrasa Lisboa, a revolta dos índios brasileiros e o atentado contra o rei são oportunidades históricas aproveitadas com exímia mestria política pelo maquiavélico marquês de Pombal para ganhar definitivamente o poder.

Mas, a todo o momento, a obscura figura de José Policarpo de Azevedo intromete-se nos planos do homem forte do reino, que inicia uma longa e implacável perseguição para o capturar e executar. 
O destino do único e misterioso sobrevivente do massacre dos Távora, mantido em segredo durante séculos, é finalmente revelado.

Baseado em factos verídicos A Maldição do Marquês é uma descrição imparável das intrigas palacianas e das lutas pelo poder; dos casamentos, das traições e das luxúrias na Corte de D. José; e também uma secreta e improvável história de amor capaz de sobreviver a todas as provações.