Eu leio porquê?
Esta é uma pergunta que eu normalmente não me coloco, mas que às vezes surge, especialmente como reação a algum comentário ou consideração de terceiros.
À primeira vista a minha resposta à pergunta é a mais simples possível: eu leio porque sim. Faz parte. Não sei “não ler”.
Mas se pensar mais a fundo no tema sou capaz de encontrar várias razões para ler, quatro provavelmente.
A primeira é o conhecimento. Eu leio porque é a minha forma predileta de obter conhecimento. Porque gosto de obter conhecimento sobre as mais variadas áreas.
A segunda será o lazer, porque me descontrai, descansa e porque me dá gozo ler.
Em terceiro lugar é a descoberta que mistura um pouco das duas anteriores.
E em quarto lugar por um motivo mais difícil de explicar, mas que resumiria como a necessidade de não me sentir estúpido, e /ou burro. Este motivo tem ligação ao primeiro e terceiro motivos, mas acontece em situações muito específicas, regra geral com raízes profissionais. Em certos dias, chegar a casa e ler qualquer coisa inteligente é a única forma de por algum equilíbrio no meu dia pautado exatamente por comportamentos inversos e a esse.
Por muito que me custe, sinto que, uma boa parte das leituras de não ficção que fiz nos últimos anos tiveram tanto do primeiro motivo como do quarto. Se por um lado isso não é muito positivo a verdade é que o resultado final acaba por sê-lo, por isso do mal o menos.
Em resumo, e seja qual for o motivo, o facto é que leio, tenho pena de não conseguir ler mais, e hoje em dia não sei viver sem essa componente na minha vida!