Hoje comemora-se o Dia Mundial do Livro. Sem qualquer desprimor para a importância do dia, e no fundo um pouco mal comparado, para este blog o Dia do Livro é mais ou menos como o dia do pai para um pai, no sentido é que é todos os dias.
Dito isto, existem algumas coisas importantes que posso realçar sobre este dia:
Para quem lê é um bom dia porque se valorizar algo que adoramos, os livros, e também para aproveitar algumas promoções alusivas à data para comprar aquele livro mais barato, ou alguns livros mais antigos com um desconto maior.
Para quem não lê, ou lê menos, serve também o argumento das promoções para ultrapassar a justificação dos livros com preços elevados, e pode ser sempre aquele dia em que se assume que se calhar ler faz alguma coisa por nós, e, seja comprando, seja agarrando em alguma coisa que temos em casa, vamos começar a ler.
Em qualquer dos casos ganham os livros e ganha quem os lê!
Da Grande Guerra aos conflitos da descolonização, Prisioneiros de Guerras revela um conjunto surpreendente de situações em que portugueses (civis e militares, voluntários e conscritos, com algumas memórias de cativeiro mais dolorosas) foram capturados: dos campos berberes na Guerra do Rif aos stalag alemães da Segunda Guerra Mundial, das prisões franquistas na Guerra Civil de Espanha aos cárceres privados de milícias timorenses em 1975, entre outros casos.
Partindo da evocação do Centenário da Primeira Guerra Mundial e da Batalha de La Lys, a qual deu origem à maior captura em massa de soldados portugueses no século XX, este livro percorre vários conflitos e uma grande diversidade de experiências de cativeiro. Com o contributo de especialistas nacionais e internacionais, estas histórias vão revelando como as convenções internacionais que regulam o estatuto dos combatentes capturados estiveram quase sempre um passo atrás das realidades complexas criadas pelas guerras modernas, e como foi evoluindo esta categoria à luz do direito internacional e da historiografia militar.