Leituras do Ano 2018 - as escolhas do Um Leitor
Escolher as melhores leituras do ano não foi nada fácil. Felizmente.
A dificuldade da escolha está relacionada com qualidade do que li. Não li um único livro que não tivesse gostado e li bastantes de que gostei muito.
Depois de fazer um exercício de reflexão, decidi dividir as minhas preferências em duas categorias, ficção e não ficção e indicar dois livros em cada uma delas.
Ficção
Na área de ficção escolho “Lincoln no Bardo” de George Saunders como a minha preferência porque é um livro diferente de tudo o que já li. É uma história excelente, contada de uma forma completamente diferente.
Em segundo lugar, e aqui com maior dificuldade de escolha, escolhi “Um Gentleman em Moscovo" de Amor Twoles. Foi um livro que me agarrou do principio ao fim pela qualidade de escrita e pela história cativante.
Não Ficção
Aqui a escolha do preferido foi mais fácil, “Homo Deus” de Yuval Noah Harari foi o melhor livro que li este ano. Assustador, bem fundamentado, informativo, esclarecedor e uma fonte ótima para reflecção sobre o nosso futuro.
No segundo lugar nova dificuldade, à semelhança do que aconteceu no campo da Ficção, com a necessidade de escolher entre dois livros. A minha escolha vai para a biografia de “Elon Musk” de Ashlee Vance porque me permitiu olhar de outra forma para alguém que muito provavelmente pode ficar na história da Humanidade. Dizer que é o “génio que está a inventar o nosso futuro" não é exagerado.
Menções Honrosas
Em consciência tenho de dizer que há mais dois livros que tenho de deixar aqui também nota: “Pequenos Fogos por Todo o Lado” de Celeste Ng e “Correr para Vencer” a biografia de Phil Knight o fundador da Nike. Foram dois livros que podiam ter feito parte dos meus preferidos e cuja decisão foi bastante difícil.
Por último tenho de dar nota aqui do livro "Uma Educação" de Tara Westover que foi considerado a vários níveis como um dos melhores livros do ano. Foi o melhor livro do ano para a Amazon, foi uma das escolhas de Bill Gates, do New York Times, etc. É um excelente livro. Um livro de memórias escrito como se de uma história de ficção se tratasse.
Compreendo que à luz da mentalidade de um americano o livro tem uma dimensão ainda mais forte. Da minha parte só não figura nos dois favoritos porque fiquei mesmo muito impressionado com os dois livros que escolhi. É mais ou menos o que acontece nos Óscares quando há um filme muito bom que não ganha porque naquele ano havia vários igualmente muito bons. Mas é um livro que recomendo sem sombra de dúvida.
Bom, aquém das expectativas
Por fim, e sem querer falar em desilusão, porque seria incorreto e injusto, olhando para trás, o livro que me deixou mais água na boca foi “21 Lições para Século XXI” de Yuval Noah Harari. O livro é bom, entenda-se, mas como o li pouco tempo depois do “Homo Deus”, estava à espera de um pouco mais. Se juntarmos este facto à expectativa criada à volta do livro, acabou por ser o livro de que esperava mais e que acabou por não acompanhou a expectativa.
Errata: por lapso a primeira versão deste post não correspondia à versão definitiva e só hoje (02/01/19) fiz a correção.