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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Novidade - "Os Empresários de Marcello Caetano" de Filipe S. Fernandes

16.10.18

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Sinopse:

Há cinquenta anos, em setembro de 1968, quando Marcello Caetano substituiu António Oliveira Salazar, o programa de governo escorava-se em políticas de desenvolvimento económico, na liberalização económica regulada e num forte programa de investimento público e privado permitido pelas exportações, investimento e remessas dos emigrantes.

Foram lançados vários projetos industriais como a criação de um polo em Sines, três novas fábricas de cerveja, quatro novas empresas de celulose, duas novas fábricas de cimento; bem como a construção da barragem do Alqueva, do novo aeroporto de Lisboa e de uma rede de quase 400 quilómetros de auto-estradas.

O sopro de liberalização e o pacote de investimentos atiçou o conflito entre grupos económicos, tensões entre estes e o Estado numa guerra de baixa intensidade permanente como revelam as trocas de correspondência entre Marcello Caetano e empresários, gestores e advogados. Lutas e guerras pelo controlo de bancos, com a Bolsa em alta, a criação de novos impérios químicos e da energia, a compra desenfreada de jornais, as multinacionais a cimentarem a sua presença, depois de décadas a serem hostilizadas.

Os plutocratas, como lhe chamava Marcello Caetano, ou grandes monopolistas, como os denominava o PCP, digladiavam-se. Miguel Quina desafia Marcello Caetano contra Jorge de Brito e o Grupo Mello, António Champalimaud, foragido entre 1968 e 1973, provoca e guerreia Marcello Caetano quando tentava comprar bancos à sua revelia, manifestava-se contra a concorrência nos cimentos em favor de Manuel Queirós Pereira, familiar de Marcello Caetano.

Por sua vez, Artur Cupertino de Miranda estava no centro de conflitos de negócio com António Champalimaud, João Rocha e Lúcio Tomé Feteira.

Leituras - "Estar Vivo Aleija" de Ricardo Araújo Pereira

15.10.18

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“Estar vivo aleija”. Mais uma leitura concluída, e mais uma vez com gosto.

Já aqui escrevi sobre a admiração que tenho por Ricardo Araújo Pereira (RAP), que ao contrario daquilo que ele próprio muitas vezes diz, é tudo menos um parvo. É aliás o contrário de parvo.

Não sei que tipo de sentimento a leitura dos textos de RAP desperta na generalidade das pessoas, em mim, uma simples crónica consegue, não raramente, deixar-me a pensar: porra este gajo é mesmo bom, não apenas porque me faz rir, mas pela imaginação, aliado ao conhecimento que consegue compilar num texto.

RAP é muito mais do que aquilo que diz ser, e este livro – conjunto de crónicas – prova isso mesmo. Na apresentação a sua editora disse que este é o seu melhor livro. Não sei se será, mas é certamente aquele em que percebe que RAP é não apenas um humorista, mas um pensador brilhante, independentemente forma como expressa as suas ideias.

Podemos olhar para o livro como um conjunto de crónicas para a “Folha de São Paulo” ou como pedaços de pensamos e ideias, algumas que ficam a tilintar na nossa cabeça. Um exemplo: “A gente joga a primeira parte da vida com medo de apanhar do pai e a segunda com medo de deixar o filho órfão”.

Há muitas ideias de RAP com as quais não me idêntico, mas isso não lhe reconheça valor, desde logo porque ele faz algo cada vez mais raro nos nossos dias: fundamenta as suas opiniões, procura informação, pensa nas coisas de forma a sustentar as suas ideias.

Um dia deste em conversa com uns colegas disse que há muito pouca gente que eu inveje, e RAP é uma dessas pessoas, precisamente porque é alguém brilhante e que tem o dia-a-dia que gostaria de ter: passa o dia a ler.

Comprem e leiam o livro que vale muito a pena!

Novidade - "Uma Coisa Absolutamente Incrível" de Hank Green

15.10.18

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Sinopse:

Um misterioso robot aparece em Nova Iorque...
... e em São Paulo...
... e em Buenos Aires...
O que se está a passar?

São 3 horas da manhã e April May tropeça numa escultura GIGANTE; uma espécie de robot com três metros de altura e aspeto de samurai. Perante a descoberta, April faz a primeira coisa de que se lembra: filma a bizarra estátua. O vídeo é publicado no YouTube e, da noite para o dia, April torna-se famosa por ter sido a primeira no mundo a registar a existência da estátua — aquela que viria a ser parte de um conjunto de mais de 60, espalhadas por várias cidades do mundo. Pouco habituada ao estrelato e às consequências da fama viral, April torna-se internacionalmente famosa e fica associada aos robots.

Um movimento emergente desperta. As pessoas querem saber: O que são estes robots e porque existem? Quem os terá criado? E mais importante ainda: serão perigosos? April começa a sua investigação e, reunindo um grupo improvável de pessoas, tenta perceber a origem destes robots e o seu sentido neste mundo. Hank Green explora de modo magistral a forma como lidamos com o medo e o desconhecido, e como as redes sociais transformaram aquilo que entendemos por fama.

No seu fantástico romance de estreia, Hank Green revela-nos a história de uma jovem que se torna acidentalmente famosa — para logo se encontrar no epicentro de um mistério muito maior do que poderia imaginar.

Novidade - "O Ofício" de Serguei Dovlatov

14.10.18

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Sinopse:

O Ofício (1985) - o árduo ofício de escrever, pelo qual Dovlatov lutou com unhas, dentes e uma Underwood - não é um livro, mas dois: «O Livro Invisível» e «O Jornal Invisível». O primeiro é a crónica das aventuras e desventuras de um escritor soviético - um certo Dovlatov - que tudo faz, sem êxito, para ser publicado no seu país. Das cedências que o autor recusa fazer às humilhações por ele vividas, dos tolos agentes do sistema aos editores teimosos que com ele se cruzam, é uma hilariante reflexão sobre a burocracia, a censura e a condição dos escritores em reinos da estupidez.

O segundo narra a nova vida de Dovlatov nos Estados Unidos, onde, mal chegou, «como convém a um literato russo», preguiçou seis meses no sofá, e a tentativa não menos difícil de fundar um jornal para imigrantes como ele em Nova Iorque, o centro da liberdade e o umbigo do capitalismo.

National Book Award - finalistas

13.10.18

Já são conhecidos os finalistas do National Book Award deste ano. Abaixo a lista dos selecionados nas áreas de Fição e Não Fição. Os vencedores serão conhecidos no dia 14 de novembro.

 

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A Lucky Man by Jamel Brinkley

Florida by Lauren Groff

Where the Dead Sit Talking by Brandon Hobson

The Great Believers by Rebecca Makkai

The Friend by Sigrid Nunez

 

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The Indian World of George Washington: The First President, the First Americans, and the Birth of the Nation by Colin G. Calloway

 American Eden: David Hosack, Botany, and Medicine in the Garden of the Early Republic by Victoria Johnson

 Heartland: A Memoir of Working Hard and Being Broke in the Richest Country on Earth by Sarah Smarsh

 The New Negro: The Life of Alain Locke by Jeffrey C. Stewart

 We the Corporations: How American Businesses Won Their Civil Rights by Adam Winkler

Novidade - "Por amor à Língua" de Manuel Monteiro

13.10.18

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Sinopse:

Se chove muito, chove torrencialmente. Se aconselhamos ou recomendamos com ênfase, aconselhamos e recomendamos vivamente. Se rejeitamos ou recusamos, rejeitamos e recusamos liminarmente. Mas, se afirmamos, afirmamos categoricamente ou peremptoriamente.

Quando acreditamos, acreditamos piamente; mas, quando confiamos, já confiamos cegamente. Se nos enganamos, enganamo-nos redondamente; mas, se falhamos, já falhamos rotundamente. E, quando alguém mente, não raro, recorremos à rima para o insultar: mente descaradamente.

E tudo isto nos deveria IRRITAR SOLENEMENTE (quando alguém se irrita, fá-lo sempre com solenidade).