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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

Compra - "Onde Estamos" de Emmanuel Todd

26.08.18

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Este era um dos livros que fazia parte da minha wishlist. Está adquirido (a bom preço, diga-se) e quero ver se é lido até final do ano. Vou ter de fazer escolhas, para variar, entre tudo o que queria ler e o que vou conseguir ler.

Sinopse:

Esta obra sonda as profundezas menos conscientes da vida social, às quais Emmanuel Todd dedicou toda a sua vida de investigador, para encontrar a explicação para o que se nos afigura atualmente como a grande desordem do mundo. Apenas pelo entendimento da dinâmica de longa duração dos sistemas familiares, da articulação desses sistemas com a religião e a ideologia, e das ruturas induzidas pelo progresso educativo poderemos compreender o efeito de divergência que afeta as nações desenvolvidas: o paradoxo de um Homo americanus simultaneamente inovador e arcaico, o fenómeno Trump, a falta de realismo das potências alemã e chinesa, a eficiência russa, a renúncia japonesa, as recentes metamorfoses da Europa e o Brexit. Esta revisitação magistral da história da humanidade permite-nos antever com lucidez o que nos espera no dia de amanhã.

 

Novidade - "Castelo do Homem Ancorado" de J.K.. Huysmans

26.08.18

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Sinopse:

O livro atravessa-se de sonhos, compraz-se com a descrição das mais delirantes formas da incomunicabilidade, do drama do homem vivo que come e é comido. «Solteiro, misógino, com um azedume que lhe chegava das rotinas de manga-de-alpaca no Ministério do Interior, assim foi sentido J.-K. Huysmans nos seus trinta e três anos de vida literária. Muito afamado na prosa, houve muito perto dela a legenda de uma audácia com que entreteve à mesa dos cafés de Montmartre um discurso onde se cruzavam as ironias e as frustrações do celibatário. No seu Livre des Masques, Rémy de Gourmont regista-o numa dessas cavaqueiras: «Inventava as metáforas mais atrevidas para traduzir experiências e preocupações sexuais, e as mais sujas também. São castos os seus livros, se os compararmos com as conversas que ele animava.» Na literatura, onde deixou o seu nome flamengo semi-inventado (o verdadeiro era Charles Marie Georges Huysmans [Paris, 5 de Fevereiro de 1848 – Paris, 12 de Maio de 1907]) bebido numa ilustre cepa de pintores da Flandres, foi exemplo de um notável domínio da palavra. E com essa frase «pintada», que pretendeu sentir como metamorfose em escrita da pincelada flamenga, pretendeu terçar armas pelo «naturalismo» — quase uma obrigação, um preço exigido pela sua convivência apertada com Émile Zola. [...] Em 1887, com um intervalo de poucos meses publicava Un Dilemme, novela nada menos do que fuliginosa, e este En Rade (que à letra significa apenas «ancorado» mas o título português complica, por razões estéticas e comerciais, chamando-lhe O Castelo do Homem Ancorado). A sua inspiração ainda vagueia numa fronteira que não se declara aberta ao satanismo, mas é nitidamente banhada pelos seus reflexos. [...] "O Castelo do Homem Ancorado" é, no entanto, um estranho casamento. Faz a sombra de um cenário gótico entender-se à força com uma anedota naturalista de tédio urbano. O habitual discurso celibatário do autor corre agora por sonhos com um traçado baudelaireano, interroga-se com angustiada nevrose sobre as naturezas do mundo onírico.» Aníbal Fernandes