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Ministério dos Livros

Um blog sobre livros e seus derivados

O Livro do Dia da TSF

30.12.17

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Este post é dedicado à rubrica da TSF "O Livro do Dia" de Carlos Vaz Marques. Para mim é desde há muito um escaparate de livros de qualidade e uma preciosa ajuda na escolha da próxima leitura. São dois ou três minutos sobre um livro que acabam por despertar a curiosidade do leitor. Se já conhecemos o livro, o interesse normalmente redobra-se, se não conhecemos, deixa-nos com vontade de conhecer melhor. Este ano o programa foi responsável por pelos menos duas das minhas leituras, "Um Universo vindo do Nada" e "Descansar", e por alguns dos projetos de leitura para 2018.  

Recomendo vivamente. No meu caso posso não conseguir ouvir todos os dias, mas depois faço por recuperar vários de uma vez só. É uma excelente montra de bons livros. 

Disponível AQUI

Leituras de 2017

29.12.17

Como escrevi no post anterior vou acabar o ano com 16 livros lidos. Não é muito, é o possível, é mais do que em anos anteriores, e será um número para tentar melhorar em 2018.

Na lista há de tudo: clássicos como “A Boneca de Luxo” de Truman Capote, novidades acabadas de sair como “A Origem” de Dan Brown e “Sinal de Vida” de José Rodrigues dos Santos, astrofísica, com “Um Universo Vindo do Nada” de Lawrence Krauss e “Astrofísica para gente com pressa” de Neil deGrasse Tyson, até a um prémio Pulitzer “A Estrada Subterrânea” de Colson Whitehead.

Em 2018 a dinâmica será a mesma, um misto de ficção e não ficção. Faz-me falta a leitura mais lúdica e de entretenimento, mas também o conhecimento.

Aqui fica a lista. Sobre alguns dos livros voltarei a escrever aqui, em particular os que me interessaram mais, ou, dito de outra forma, as minhas preferências.

 

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Leitor fraquinho

28.12.17

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Confesso que não sou um frequentador frenético de blogs. Sigo uns quantos e entre eles, naturalmente, alguns ligados a livros.

Sobre os que são ligados a livros dei agora conta de algo que até aqui não tinha tido em devido nota e que me deixou, digamos, imediatamente submetido à minha insignificância: há pessoas que leem efetivamente muito. Mesmo muito.

Eu sei que não leio muito, tenho noção disso. Este ano li no total 16 livros, mas também acho que seja assim tão pouco. Mas há quem leia 70, 80 ou mais livros... impressionante!

O cálculo é assustador visto de perspetiva de uma pessoa que se levanta muito cedo, trabalha, tem filhos, responsabilidades tarefas e afins: para ler 80 livros num ano significa que se consegue ler um livro a cada 4,5 dias, e, se assumirmos uma média (baixa) de 350 páginas por livro, significa ler cerca de 80 páginas por dia, todos os dias. Impressionante é o que posso dizer!

Para 2018 assumi para mim o objetivo, ambicioso, de ler 20 livros, sendo que muitos já estão escolhidos, ou seja, ¼ do que alguma pessoas parecem conseguir ler... enfim... parece que sou um leitor fraquinho.

Ler em inglês

27.12.17

Desde muito cedo que tive inglês na escola, embora não tão cedo como deveria. No meu tempo de escola preparatória a segunda língua era o francês e não o inglês. O inglês apareceu mais tarde. Sempre gostei bastante e nunca tive dificuldades, no entanto, o inglês só ganhou verdadeira dimensão na faculdade quando muita da bibliografia recomendada era em inglês.

Nessa altura lia bastante e sempre me safei bem, no entanto, nunca me deixei levar pela ideia de ler efetivamente em inglês. Aqui e acolá fui lendo umas coisas por curiosidade, mas sempre em muito pouca quantidade e nos últimos tempos praticamente não leio nada em inglês.

A titulo profissional tenho contacto com a língua, leio e escrevo com alguma frequência, mas sempre num domínio mais técnico do que lúdico.

Em resultado disto hoje em dia dou por mim com interesse em alguns livros ainda não traduzidos (e alguns que provavelmente não chegarão a ser) e sinto receio de os comprar para ler, embora regra geral nem tenha grandes dificuldades na leitura. Fico sempre a pensar que mais dia menos dia serão traduzidos e não compro. Tenho receio de me escapar parte da história por não entender o sentido que o autor pode querer dar as palavras (esse problema não existe quando estamos a falar de linguagem técnica).

Nos últimos dias dei comigo a pensar mais nisto por causa de dois livros nos quais tenho muita curiosidade. Um deles, “Exit West” de Mohsin Hamid foi um dos finalistas (shortlist) do Man Booker Prize e o outro, “Sing, Unburied, Sing” de Jesmyn Ward, ganhou o Nacional Book Award para ficção.

Para o início de 2018 um deles vai ter de ser. Vou ter de comprar um dia e arriscar.  

 

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Leituras - "Sinal de Vida" de José Rodrigues dos Santos

26.12.17

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Já li uma boa parte dos livros de José Rodrigues dos Santos (JRS) mas dou sempre primazia aos que tem como personagem principal Tomás Noronha. Esses li-os todos.

Confesso que os últimos dois livros do personagem – “A Chave de Salomão” e “Vaticanum” tinham-me deixado algo desiludido. O primeiro porque tem partes excessivamente teóricas sobre temas difíceis de compreender para o comum normal (muito à volta da física quântica), o segundo porque acho que lhe falta alguma ação.

Obviamente que percebo que os temas envolvidos condicionam o tipo de história que é possível criar, por isso compreendo que, mesmo obedecendo à mesma fórmula, o resultado não seja sempre igual.

Tudo isto para dizer que acabei ontem o livro “Sinal de Vida” de JRS, e, contrariamente aos últimos dois títulos indicados acima, posso dizer que gostei bastante. Está muito bem conseguido.

A história anda à volta da descoberta de um contacto extraterrestre e a identificação de um “veículo”, também extraterrestre, que se dirige para a Terra, no entanto, a base é a origem da vida, o que é vida e tudo o que sabemos e não sabemos sobre o tema, e nesse aspeto faz muito bem aquilo que os livros de JRS fazem, explica, dá informação, põe o leitor a parte de temas que de outra forma apenas em livros muito mãos maçudos poderia ficar a conhecer, tudo isto enquanto conta uma história.

O livro dá muita informação, mas deixa também muita margem ao leitor para pensar sobre o tema, e eu confesso que é um tema que me interessa, e muito.

Devo dizer que não entendo muito bem as críticas e o desdém a que JRS é sujeito, e muitas vezes não percebo se o problema é com a obra ou com o autor. Eu não sei se JRS é boa ou má pessoa, não sei se é humilde ou arrogante, o que sei é que aquilo que escreve, contrariamente ao que muitas vezes se pretende fazer crer, tem valor, e, no meu caso em particular, vai exatamente ao encontro do que eu gosto: história com informação, ou, se preferirem, ficção com informação.

Já li críticas de bradar aos céus escritas por pessoas que a única coisa que conseguem escrever é mesmo uma crítica e fico sempre a pensar: qual é o problema desta gente? Num país onde se escreve tanta porcaria, este autor consegue juntar uma investigação relevante com a capacidade de imaginar uma história para a contar. É óbvio e natural, que possa haver quem não goste, compreendo isso perfeitamente, o que não entendo é a forma como lhe são feitas as críticas.

Da minha parte não tenho nenhum problema em admitir que é dos meus autores favoritos, que aprendi, e aprendo, bastante com o que ele escreve, e, verdade seja dita, embora exista sempre muita celeuma à volta dos temas que escolhe não me recordo de ler que aquilo que escreve tem fundo de mentira.

No caso em concreto do livro “Sinal de Vida” recomendo a todos os que gostam de pensar na origem de tudo, de questionar o somos e de onde viemos, e ainda se estaremos ou não sós neste vasto universo. Como o próprio autor diz na nota final este livro completa uma trilogia iniciada com “A Formula de Deus” (o meu livro favorito de JRS) e desenvolvida com “A Chave de Salomão (um dos meus menos favoritos). Vale a pena ler.

 

Sinópse: Um observatório astronómico capta uma estranha emissão vinda do espaço na frequência dos 1,42 megahertz. Um sinal de vida. O governo americano e a ONU são imediatamente informados. Um objeto dirige-se à Terra. A NASA prepara com urgência uma missão espacial internacional para ir ao encontro da nave desconhecida. Tomás Noronha, o maior criptanalista do mundo, é recrutado para a equipa de astronautas. Começa assim a mais invulgar aventura do grande herói das letras portuguesas modernas, uma história de cortar a respiração que nos leva ao coração do maior mistério do universo. Será a vida um acidente ou resultará de um desígnio? Estaremos sós ou seremos um entre milhões de mundos habitados? A existência é um acaso ou tem um propósito?

Ás compras...

20.12.17

Comprar livros é uma atividade recorrente cá em casa. Aproveitando promoções, descontos e ainda recorrendo a um tipo de alfarrabista moderno (a breve prazo falarei aqui sobre isso).

Compra-se mais do que se lê, infelizmente. Mais por falta de tempo do que por excesso de compras. Sou da opinião que livros são daquelas coisas que nunca temos a mais. Mas não compro por comprar. Compro porque o livro, o autor ou o tema me interessam, ou porque tenho curiosidade, e aos poucos vou compondo uma pequena biblioteca. Que vai crescendo. A minha grande esperança é um dia chegar a velho e ter tempo para ler tudo o que não consegui em novo...

Tudo isto para dizer que irei registando aqui as minhas compras e seus motivos e motivações e desta forma servirá também como um género de inventário do que vai entrando na biblioteca.

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